Nunca antes na história do Brasil, a Bolsa de Valores teve tamanho hecatombe, em seus primeiros três meses. Foi 36,25% o tombo. Maior inclusive que o estrondoso tombo de 1986, no ato de lançamento do fracassado Plano Cruzado, quando a queda foi de 36,25%.
O hecatombe tem tudo para ser maior do que o crash de 1929
Isto somente não aconteceu, por que a injeção de dinheiro é infinita nos EUA, diz Thiago Salomão, analista de ações. Os estímulos do Fed, banco central americano, são superiores às da crise de 2008, com corte de juros para próximo de zero e injeção massiva de liquidez no mercado.
No Brasil, o Banco Central cortou juros para a mínima histórica de 3,75% e o Banco Central prometeu injetar dinheiro para salvar bancos, na ordem de 1,2 trilhão.
Um ano para se esquecer, o 2020. Um ano perdido. US$ 12 bilhões em dois meses e meio deixaram o Brasil. R$ 51 bilhões pela cotação desta quarta-feira, 01 de abril. E isto que o Brasil era a nova “menina dos olhos” para os investidores na América Latina, ansiosos pela confirmação dos primeiros sinais de recuperação. Em segundo lugar, com 1/6 parte das fugas do país, está o México, país limítrofe com os Estados Unidos, a fuga no país dos maias, foi de US$ 2 bilhões.
Em menos de três meses, Brasil tornou-se o país epicentro de fugas de capitais, entre os integrantes do bloco de países emergentes. Os US$ 11,73 bilhões de dólares saídos do país, segundo o banco de dados do Instituto de Finanças Internacionais (IIF) é igual o PIB de um país como a Nicarágua. O México, o segundo país onde também houve grande fuga de capitais, o número está a anos luz do gigante sul americano. A saída foi de US$ 2 bilhões no país da América de norte, vizinho dos EUA.
Os emergentes em todo o mundo, mas principalmente os países da América latina são os principais prejudicados aos primeiros sinais de crise, especialmente esta grande crise, enorme crise, não é uma epidemiazinha, é a pandemia mundial do coronavírus. A fuga de capitais, é em direção às moedas fortes, em especial o dólar americano, a moeda mundial.
Será preciso esperar os números estatísticos finais do primeiro trimestre de 2020, para dimensionar o real hecatombe, nas contas de investimentos na América latina, anuncia a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento. A fuga dos investimentos diretos, também será enorme. Ficarão os investimentos diretos, entre 5% e 15% menores para o presente ano e 2021, prevê a Unctad.
Recessão em toda a América Latina
O Brasil é um mercado grande e líquido. Possui vistoso colchão de reservas, então, as saídas são maiores”, explica o economista-chefe do IIF para a América Latina, Martín Castellano. Brasil ficou muito dependente de venda de matérias primas, especialmente para a China. Pela parada de compras pela China, Brasil se desestabilizou. Capitais deram no pé.
O crescimento de raquíticos 1,2% na América Latina previsto a cinco meses atrás não mais acontecerá em 2020. Retrocederá em 2,7% , segundo as últimas projeções do IIF.
Todas as cinco principais economias fecharão no vermelho. Argentina cairá mais do que os 1,6% anteriormente previstos. Cairá mais, 3,1%. Os quatro outros países teriam crescimento positivo, agora todos terão recessão. O Chile passa de um crescimento de 3,2% para uma queda de 2,3%; a Colômbia vai de 3,3% a -0,4%; o México, de 1,2% para -2,8%; e o Brasil, de 2% a -1,8%. O Goldman Sachs estima contração de 3,4% do PIB (Produto Interno Bruto). Todas previsões por demais otimistas diante da evolução da situação.
Crise da petroleiras liderada pela Petrobrás
Todas as gigantes do petróleo desmoronaram. A Petrobrás foi à lona. Caiu em 57% no seu valor de mercado na Bolsa de Nova York. Mais que o dobro da queda das petroleiras campeãs mundiais. Shell e Exxon, caíram 25,8%, a chinesa Sinopec, caiu 8%, conforme dados são do Instituto Nacional de Estudos Estratégicos de Petróleo (Ineep).
A diretoria golpista da Petrobrás decidiu apostar tudo em produção de óleo cru somente, segundo Rodrigo Leão, diretor técnico do Ineep. As concorrentes diversificaram, além de produção de petróleo, investiram em refino e na indústria petroquímica. O preço do petróleo bruto caiu, a Petrobrás caiu junto.
Deveria a Petrobrás ouvir conselhos da vovó, lá na roça. “nunca coloque todos os ovos em uma cesta só”.
Muito diferente do que a burguesia procura apresentar. Não é a pandemia do coronavírus que destrói a economia do Brasil, o golpe já a vinha destruindo. O coronavírus desnudou por completo a desastrosa política econômica no Brasil. Fora com o “vírusguedes”, destruidor da economia do Brasil. Fora Bolsonaro e todos os golpistas!