Os conflitos entre os sem-terra, população campesina extremamente esmagada, e os grandes latifundiários se acentuaram após o golpe de Estado, e ainda mais após o inicio do governo do fascista de Jair Bolsonaro.
Um caso recente, que denota na prática esta situação é visto no estado de Rondônia, Norte brasileiro, com os acampados do Boa Sorte, formado por famílias de trabalhadores sem-terra, das quais sofrem dos ataques das milícias latifundiárias, perseguição do Estado e um profundo esmagamento que os coloca em situação extremamente vulnerável.
Lá, a violência financiada pelos latifundiários da região recebe forte apoio dos aparelhos estatais. As mais de cem famílias que vivem no local receberam ordem de despejo, mesmo com inicialmente o INCRA tendo dado o direito de posse dos assentados e depois apresentado um documento suspeito onde favorecia os empresários, um verdadeiro crime que desencadeou diversos conflitos, uma forte onda de violência policial com o intuito de por meio da tortura e ataques, promover um despejo forçado.
Este caso em especifico, representa um dos mais vulneráveis do estado, onde a reintegração de posse se da mediante a ação de fazendeiros e grandes capitalistas do estado, dos quais possuem terras na região. Levando com que todas essas famílias, em condições precárias não tenham o que plantar, logo, comer.
Contudo, este está longe de ser um caso isolado. Com a guerra no campo promovida pelo governo Bolsonaro contra os trabalhadores, vemos em todas as regiões da chamada “Amazônia Legal”, centenas e mais centenas de famílias sendo duramente atacadas pela política fascista do governo.
No estado de Rondônia tem-se já neste inicio de ano 13 casos de assentamentos dos quais receberam ordem de despejo, e só na região norte do país, são 52 ações, já preparadas e ajuizadas, que impõem à essas famílias a expulsão de suas terras e a retomada pelos latifundiários.
Junto a retirada de suas casas, do fim de qualquer possibilidade de se sustentar por meio do plantio, são evidenciados casos em todos os lugares de ações não só truculentas por parte da polícia e milícias agrárias, como também uma verdadeira política criminosa e assassina, responsável por matar no confronto os trabalhadores sem-terra e de torturar, como denunciado em Boa Sorte.
Além dos mais de 50 assentamentos, outros 50 estão em caminho de serem aprovados judicialmente como ordem de despejo. O governo Bolsonaro cumpre diariamente seu papel no esmagamento da população trabalhadora, sobretudo esta que encontra-se no campo, onde sem grandes condições de enfrentamento, são massacrados e mortos feito moscas pelos fascistas.
A continuidade do governo Bolsonaro implica no aprofundamento deste massacre. São centenas de famílias por todo país sendo despejadas, sofrendo de torturas e assassinatos, algo totalmente aprovado pelo regime golpista e que segue como política oficial do golpe contra o povo.
O Fora Bolsonaro assim, torna-se emergencial para toda sociedade, não apenas para sustentar seus direitos mas também para poder sobreviver.