As medidas de austeridade do governo golpista de Jair Bolsonaro e suas políticas liberais em detrimento dos serviços públicos devem afetar ainda mais os jovens e as crianças brasileiras. O Ministério da Educação anunciou que os cortes de gastos previstos para 2021 devem chegar a R$4,2 bilhões, uma redução de 18,2% daquilo que foi aprovado para esse ano, tudo isso dentro das outras medidas anunciadas pelo Ministério da Economia como forma de “recuperação” fiscal após a pandemia, ou seja, o governo irá retirar dinheiro de todas as áreas e com isso precarizando vários serviços e prejudicando ainda mais a qualidade de vida dos trabalhadores.
As Universidades e os Institutos Federais devem ser os mais prejudicados com os cortes, já que o Ensino superior é em sua maioria responsabilidade da União, mas afetam também os ensinos fundamental e médio, que apesar de serem de responsabilidade de municípios e estados também recebem recursos direto da União para suas despesas. Os cortes nas universidades e Institutos devem chegar a R$1 bilhão no próximo ano, colaborando ainda mais com o desmonte das universidades que já vem ocorrendo há anos no Brasil. Não é de hoje que a educação brasileira vem sofrendo cortes sucessivos em seu orçamento, o que prejudica a qualidade do ensino, de 2016 para 2019 o Brasil efetuou um corte nos gastos de mais de R$11 bilhões no Ministério da Educação, e isso impacta não somente na qualidade do ensino para crianças e jovens, mas afeta também outras áreas que estão inteiramente ligadas ao ensino superior.
Os cortes de gastos na educação afetam também a pesquisa, tão importante para o desenvolvimento do país, além de impactarem diretamente na comunidade com a falta de recurso para projetos de extensão realizados nas universidades, na saúde com a redução de recursos em hospitais universitários, além dos cortes impactarem também nas bolsas de permanência e pesquisa de estudantes de graduação, pós graduação, mestrado e doutorado. Além disso, governos e municípios disponibilizarão de ainda menos recursos para gerirem o ensino fundamental e médio. O desmonte da educação pública brasileira está em curso e é preciso pará-lo.
Além do grave problema do EaD na educação brasileira com a pandemia, que impulsiona ainda mais a precarização do ensino, os cortes de gastos devem prejudicar ainda mais as instituições quando voltarem as aulas presenciais. Os estudantes brasileiros estão sendo bombardeados de todas as formas pelo governo golpista contra o seu direito a uma educação de qualidade, pois precisaram passar pelo EaD imposto e completamente precário, e agora estão sendo ameaçados com a volta às aulas presenciais no meio da pandemia e em condições ainda piores para o ano que vem com os cortes na educação. A política adotada pelo governo Bolsonaro é grave e precisa ser combatida, e por isso é necessário a organização da juventude para realizar uma grande greve da educação contra a volta às aulas, o EaD, os cortes de gastos e contra o regime golpista. A salvação da educação brasileira está no Fora Bolsonaro e para isso é necessário uma gigantesca moblização da juventude.