Em sua transmissão ao vivo semanal nas redes sociais, o presidente ilegítimo Jair Bolsonaro (sem partido), descartou a manutenção do atual valor do auxílio emergencial de R$600,00. O golpista afirmou o seguinte:
“A gente não pode gastar mais 100 bilhões. Se nós nos endividarmos muito, a gente extrapola nossa capacidade de endividamento. Estamos com a taxa Selic [taxa básica de juros da economia] a 3%, o juro a longo prazo baixou bastante, se nós não tivermos cuidado a Selic pode subir. Cada vez mais o que produzirmos de riqueza vai para pagar dívidas.”
É uma piada Bolsonaro dizer isso, uma vez que seu governo é totalmente submisso ao imperialismo e sua principal representação: os bancos.
Essa ideia de endividamento público é apenas uma chantagem para acabar com o um auxílio emergencial e com qualquer medida social. Isto num momento em que o país caminha para o pico da pandemia, com desemprego em massa e mais de 41 mil mortes em dados oficiais, ou seja, subnotificados.
Segundo o jornal Folha de Pernambuco, Bolsonaro estima que com o auxílio emergencial, mais as despesas de saúde e mais o socorro a estados e municípios, entre outras iniciativas, o Tesouro Nacional já tenha gasto R$ 1 trilhão.
O cinismo do presidente fascista é tão grande, que enquanto faz essa demagogia da responsabilidade fiscal e reclama de ter que liberar o auxílio emergencial, Bolsonaro deu mais de 2 trilhões para os bancos, o dobro do que estima ter liberado para auxílio emergencial e saúde.
Ou seja, enquanto liberou rios de dinheiro aos capitalistas, de várias formas diferentes, promovendo uma abertura massiva dos cofres para os patrões, não quer gastar dinheiro com o povo, que é empurrado para a miséria e para a morte devido a crise capitalista, sanitária e justamente a política dos golpistas expressava no governo Bolsonaro.
Mas não pára por aí. Na transmissão, Bolsonaro chega a dizer que foi eleito pelo apoio popular:
“…O milagre até da eleição, sem meios nenhum [sic], mas com um apoio popular muito grande, conseguimos nos eleger.” Qual apoio popular Bolsonaro se refere? O dos banqueiros?
Este episódio é mais um dos milhares que mostram a natureza de classe do governo, para todo o povo brasileiro, auxílio, emergencial, socorro a estados e municípios, 1 trilhão. Isso nas contas de Bolsonaro. Ao verificar os números, não surpreenderia que não chegasse a isso. Já para os capitalistas, sobretudo para os banqueiros, mais de 2 trilhões! Essa é a “base popular” do governo Bolsonaro e para quem foi eleito, de forma fraudulenta, para governar. Esse é mais um motivo pelo qual deve ser derrubado.