Em 2016, o imperialismo conseguiu derrubar a presidenta Dilma Rousseff, concretizando um golpe de Estado que estava sendo tramado há anos. Dois anos depois, a direita estaria jogando o maior líder popular do país, o ex-presidente Lula, nas masmorras de Curitiba, vítima de um dos mais aberrantes casos de perseguição política. Tanto no caso de Dilma quanto de Lula, a burguesia utilizou um mesmo argumento: ambos seriam corruptos e, portanto, mereciam ser expulsos do regime político.
Até agora, nada foi provado contra Dilma ou Lula, Pelo contrário: o governo Temer se mostrou um dos mais corruptos da história. O governo Bolsonaro, por sua vez, deu continuidade às práticas do governo Temer. O governo é altamente corrupto – como ficou evidenciado no pagamento de emendas para a aprovação da reforma da Previdência – e já mostrou ter um objetivo muito claro de atacar a população.
Um caso recente serve de prova de que o governo Bolsonaro interferiu diretamente na Polícia Federal para se proteger. Bolsonaro articulou para que o superintendente da PF no Rio de Janeiro, Ricardo Saadi, fosse demitido, de modo a tentar impedir que as investigações do caso Fabrício Queiroz, ex-assessor de seu filho, Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), fosse adiante. A demissão de Saadi também contribuiria para que o caso Marielle Franco não fosse devidamente elucidado.
O governo Bolsonaro é um governo criminoso – um governo que ataca e rouba a população de todas as maneiras e se aproveita das instituições corrompidas do regime político golpista para permanecer impune. É preciso, no entanto, dar um basta nesses ataques e punir todos os golpistas com a fúria dos trabalhadores. É preciso desenvolver uma ampla mobilização que coloque o governo abaixo imediatamente. Fora Bolsonaro e todos os golpistas!