De acordo com checagem feita pelo jornal golpista O Estado de S. Paulo, sempre que o presidente ilegítimo Jair Bolsonaro ataca alguém, se disseminam nas redes sociais boatos contra a pessoa ou instituição agredida.
Tratam -se de mentiras produzidas por perfis ou páginas bolsonaristas que tentam validar as acusações de Bolsonaro e manchar a reputação das vítimas.
Na lista do veículo de extrema-direita constam Flávio Dino, Glenn Greenwald, Felipe Santa Cruz, Miriam Leitão, Bill de Blasio (prefeito democrata de Nova Iorque) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Em todos esses casos, os chamados “bolsominions” foram rápidos em propagar alegações falsas nas redes contra as vítimas, sendo um verdadeiro exército fascista virtual.
Logo após Bolsonaro falar que a jornalista da Globo era guerrilheira, por exemplo, foi difundida uma foto falsa de Leitão segurando fuzil ao lado do capitão Carlos Lamarca.
Ou, quando o líder fascista disse que o pai de Felipe Santa Cruz (OAB), Fernando, havia sido assassinado por sua própria organização – a AP – e não pelos militares, apareceram fotos de Fernando Santa Cruz armado ao lado de José Dirceu em um “atentado” em Recife. Na verdade, o retrato era de um policial.
Como sempre, no entanto, a suposta denúncia da imprensa burguesa não é para desvendar a fraude que é Bolsonaro. A crítica é que, com tais declarações, ele está incentivando a polarização. A burguesia sabe que a polarização faz a classe operária se movimentar e demonstrar sua força potencial, por isso tem medo da polarização.
Porém, a esquerda não deve cair na conversa de que isso significa que Bolsonaro tem grande popularidade e uma legião imensa de seguidores. Como foi mostrado pela própria imprensa capitalista durante a campanha eleitoral, um terço de seus seguidores nas redes é robô. As ruas têm demonstrado que a popularidade de Bolsonaro é claramente menor, e ela vem despencando a cada dia.
O papel da esquerda, ao invés de apostar em uma luta fracassada contra supostas notícias falsas – já que quem determina isso, arbitrariamente, são as instituições golpistas aliadas de Bolsonaro – é organizar a massa que se coloca frontalmente contra o governo.
É preciso, nas ruas, onde a esquerda é franca maioria, dar uma direção ao movimento de contestação a Bolsonaro para que ele se transforme em uma força que coloque abaixo seu governo e o golpe como um todo.