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Bolsonaro, serviçal das empresas privadas da educação

Na quinta-feira (6), o ministro Abraham Weintraub, do Ministério da Educação, prestigiou o XII Congresso Brasileiro de Ensino Superior Particular (Cbesp), em Belo Horizonte,  derramou-se em juras de amor às empresas privadas de educação e afirmou que não há como sustentar o modelo estatal de educação superior que há hoje no país.

Segundo Weintraub, devido à perspectiva do Brasil e ao crescimento que vai acontecer (na demanda por educação, é muito claro que não há condição do estado atender à demanda que vai acontecer. O ministro argumentou que perspectivas positivas no futuro só serão possíveis caso o ensino superior seja “fortemente” baseado no setor privado.

Hoje, de acordo com o Censo da Educação Superior, 87,9% das matrículas no ensino superior estão na educação privada. O Plano Nacional de Educação (PNE) tem como meta o aumento no índice de matrículas na educação superior em até 50% da população adulta até 2024 e de 33% das pessoas entre 18 e 24 anos. Por lei, pelo menos 40% das novas matrículas devem ser no ensino público.

Weintraub não chutou só a educação pública no evento. Ele também criticou a política econômica dos últimos 20 anos e classificou como “bobagens” as estratégias colocadas em prática na área. No mundo em que ele vive, as medidas econômicas dos governos anteriores geraram pobreza, inflação e desemprego. Agora é que está bom.

Mais uma pérola do ministro olavista e lobista do ensino privado: “Qual a razão de ficar criando um monte de regras entre uma pessoa que quer estudar e um grupo que quer ensinar na iniciativa privada? Acreditamos que a grande maioria dos brasileiros são pessoas de boa fé e a gente quer dar a liberdade para vocês buscarem a felicidade produzindo, educando, ensinando. Para as (empresas) filantrópicas, crescendo. Para as empresas que visam lucro, tendo seu retorno. Sem preconceitos.”

Enquanto o ministro se derrete para as escolas privadas, no mês passado, o MEC fez um corte de R$ 7,4 bilhões no orçamento usado para pagar despesas de manutenção da pasta e as universidades federais sofreram “contingenciamentos” de 30% no orçamento de custeio. Depois das manifestações do dia 15 de maio em todo país, o governo amoleceu um nadinha e desbloqueou R$ 1,6 bilhão do MEC, mas R$ 5,8 bilhões continuam congelados.

Entre as ideias de Weintraub recentemente divulgadas, para atacar o pleno andamento do setor ao qual ele demonstra ter desprezo, está a cobrança de mensalidades na pós-graduação de universidades públicas, mas, dizem, foi desautorizado pelo próprio Jair Bolsonaro, que disse ser contra a proposta, vai saber.

Que ninguém se engane: esse ministro e suas ideias toscas não são o problema. Ele é só sintoma. O golpe foi dado justamente para esse tipo de coisa: privatizar tudo, vender tudo, dificultar a vida do povo brasileiro, do pobre, o seu acesso a melhores condições de vida, desmontar o futuro do Brasil, sabotar os acordos geopolíticos multilaterais, como o Mercosul, a Unasul, o BRICS, como parte de um plano geral maior de retomada dos países da América Latina pelo imperialismo, para quem Bolsonaro bate continência e é servil.

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