Os efeitos do golpe já são sentidos pela classe trabalhadora que, diariamente, é oprimida pelo governo ilegítimo e golpista de Michel Temer, o presidente fantoche.
No que diz respeito, por exemplo, à reforma trabalhista, o medo foi uma das causas que reduziu, em 50%, o número de processos efetuados por empregadas domésticas, contra injustiças cometidas por seus patrões, desde a efetivação da reforma trabalhista, em novembro de 2017. O art. 791-A é uma das formas de exemplificar a opressão sofrida pela categoria. O mesmo impõe que o trabalhador que venha a perder ação judicial da área do trabalho é obrigado a pagar todas as despesas relativas ao caso. Ou seja, mais uma forma de os patrões lucrarem em cima de empregadas de todo o país.
Este foi o caso da doméstica Maria Eliana da Silva. A moça, que é viúva, desempregada e mãe de três filhos, moveu uma ação na Justiça do Trabalho de São Paulo, cobrando vínculo empregatício. A trabalhadora perdeu o caso e foi condenada, pelo juiz da 1ª Vara do Trabalho de Taboão da Serra, a pagar os honorários do advogado de seu antigo patrão, totalizando R$6.738,54. A defesa recorreu e, no momento, o caso segue em suspenso.
Para a presidenta da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (FENATRAD), Luiza Batista, “as trabalhadoras domésticas sempre foram excluídas de direitos e agora também serão excluídas de acesso à justiça”.
Um dos maiores apoiadores da opressão às domésticas é o fascista Jair Bolsonaro (PSL). O presidenciável já anunciou publicamente que foi o único a votar contra a PEC das Domésticas, que garantiu direitos à categoria, tais como uma jornada de trabalho não poder ser superior a 44 horas semanais, além da proibição do desempenho da função por menores de 18 anos, bem como acesso à proteção social. Jair Bolsonaro assume o lado daqueles que exploram a classe trabalhadora, sendo adepto da repressão, em especial, das mulheres, pobres, negros, índios e homossexuais. O capacho do imperialismo já anunciou que, se eleito, fará vigorar medidas de opressão à população, a exemplo, também, das terceirizações.
Mesmo com o avanço da PEC das Domésticas, o quadro ainda é alarmante. Segundo a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD), realizada neste ano, das 6 milhões e 166 mil trabalhadoras da categoria, apenas 15% contribuem para Previdência Social e só 1,8 milhão possuem carteira assinada.
Com o avanço da direita, expressa por Jair Bolsonaro (PSL) no pleito deste ano, a retirada de direitos da classe trabalhadora será uma das principais medidas do presidenciável, caso eleito, o que já vem sendo feito pelo presidente golpista Michel Temer. Mais um exemplo dos ataques à classe trabalhadora, efetuada pelo presidenciável fascista, foi seu posicionamento favorável à Emenda Constitucional 95, que congela investimentos sociais, tais quais Saúde e Educação públicas, bem como a entrega do pré-sal.
Já é claro que as eleições são processos manipulados e fraudados, controlados pela direita. Esta que, em 2016, desrespeitou a vontade de mais de 54 milhões de brasileiros e consolidou o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, lança, no pleito deste ano, um fascista para a presidência da República. Neste sentido, a única forma de barrar o avanço da direita é por meio da mobilização popular. Esta, historicamente, a única forma da classe trabalhadora conquistar e garantir seus direitos, que, atualmente, são retirados pelos golpistas, como o capacho do imperialismo, o fascista candidato a presidência Jair Bolsonaro.