Questionado por jornalistas sobre a privatização da Petrobras, Bolsonaro deu resposta evasiva. “O governo estuda tudo, pô. Pode privatizar qualquer coisa no Brasil.” Foram algumas das palavras do presidente entreguista. Para bom entendedor, a fala é clara e significa “privatizaremos a Petrobras e tudo o que conseguirmos, mas não podemos divulgar com antecedência”. As notícias recentes, sobre a intenção do governo privatizar a estatal até o final deste ano, têm animado os especuladores e as ações da empresa subiram nos últimos dias.
Bolsonaro foi evasivo também com a questão dos combustíveis, que estão saindo mais baratos das refinarias, não terem a redução de preço repassada ao consumidor final nos postos de gasolina. Neste caso, o valentão protofascista só disse que não podia interferir nos preços. Obviamente, a intenção do governo não é interferir sobre a atividade dos oligopólios que controlam a venda de combustíveis no país, como não é de seu interesse interferir sobre a atividade de qualquer grande capitalista. A intervenção de Bolsonaro é a intervenção fascista por excelência, sobre os pobres e as minorias.
Não podemos ter ilusões. Conforme a crise mundial se aprofunda e a crise política interna não se resolve, o imperialismo impõe mais e mais pressa sobre seus vassalos do continente sul-americano. Os capitalistas querem comprar a Petrobras logo, espoliar seus recursos, transferir seus lucros, sem esperar o dia de amanhã. A mobilização deve ser imediata para tirar o presidente e toda equipe entreguista que infesta a República.