O ilegítimo Jair Bolsonaro e seu ministro da Fazenda, o banqueiro Paulo Guedes, estão forçando o Banco do Brasil a reduzir a participação no mercado de financiamento agrícola. A medida são dois ataques com uma mesma medida: desmonte do Banco do Brasil e redução do crédito e aumento dos juros agrícolas para os produtores rurais.
O Banco do Brasil é fundamental desenvolvimento da produção agropecuária através do financiamento agrícola com juros controlados. O banco corresponde a mais de 60% do mercado de crédito agrícola e um dos únicos que trabalham com juros controlados pelo Estado.
Esse financiamento afeta desde latifundiários do agronegócio, mas principalmente da agricultura familiar. A agricultura familiar é um mercado pouco rentável para os bancos e de alto risco. Caso os bancos privados avancem com linhas de crédito para a agricultura familiar seriam com juros altos e com grandes dificuldades de acesso para esse setor.
A agricultura familiar teve um papel fundamental na redução da pobreza no campo através da geração de emprego e renda. Esse papel fundamental se deu com investimento estatal com linhas de crédito e microcrédito a juros controlados e poucas restrições. Tudo isso financiado pelo Banco do Brasil.
A privatização do Banco do Brasil e a redução drástica da participação estatal no mercado de crédito agrícola vai prejudicar os pequenos agricultores, indígenas, quilombolas e trabalhadores sem-terra ou assentados da reforma agrária, que dependem dessa política pública. A decisão revela ser contra os agricultores, pois os bancos privados já se mostram otimistas com a medida para lucrarem com a miséria do povo.
Estamos vendo uma abertura do mercado para produtos que vão destruir setores formados majoritariamente por pequenos produtores, como a liberação do leite em pó europeu, carne suína e trigo norte-americano, entre outras. Essa é mais uma medida do governo ilegítimo de Bolsonaro de destruição da economia nacional, e principalmente, de destruição dos pequenos agricultores e agricultores familiares em favor dos países imperialistas.