O presidente fascista e reacionário Jair Bolsonaro, ainda como parlamentar e depois como candidato presidencial, já deixava claro o seu propósito, quando se colocou, em várias oportunidades, como apologista da ditadura, perseguidor da esquerda e defensor da tortura e dos torturadores.
Depois de eleito presidente, no maior e mais escancarado processo de fraude eleitoral verificado até hoje no Brasil, Bolsonaro intensificou sua retórica agressiva e ainda mais direitista contra a esquerda nacional, passando a atacar de forma virulenta os partidos de esquerda, os movimentos sociais, sindicatos, artistas, intelectuais; enfim, tudo que possa estar minimamente identificado com o socialismo e o pensamento de esquerda.
Estimulado pela verborragia de extrema direita do presidente fraudulento e pela intensa campanha da imprensa golpista contra a esquerda, em especial contra o Partido dos Trabalhadores e o ex-presidente Lula, a direita fascistóide busca ampliar a investida reacionária contra a ideologia socialista.
No Rio Grande do Sul, projeto apresentado pelo deputado estadual Ruy Irigaray, do mesmo partido (PSL) do presidente fascista Bolsonaro, traz em seu bojo o seguinte conteúdo: “Fica vedado qualquer comemoração, homenagem a personalidades ou datas alusivas ao comunismo, e suas atrocidades. Fica vetado o financiamento público dessas comemorações (sítio Rádio Guaíba, 05/08). O deputado é também o autor de vários outros projetos de perfil nitidamente direitista e reacionário, sendo um deles a instituição de ‘segurança armada nas escolas do Estado”.
O fato objetivo incontestável e muito preocupante – embora a esquerda nacional pareça não estar querendo enxergar o óbvio – é que cresce em todo o país a ofensiva reacionária da extrema direita contra os direitos sociais e as liberdades democráticas, até mesmo contra a elementar liberdade de expressão e reunião, com a invasão, por parte das forças de repressão do Estado (Polícia Militar, Polícia Federal) de plenárias, palestras e outros eventos organizados e com a participação da esquerda.
É preciso deixar claro que não há qualquer outra forma de se opor e responder ao crescimento e aos ataques da extrema direita fascista, reacionária e anticomunista em todo o país a não ser através de uma enérgica e implacável luta para derrotar o golpe, a ofensiva da burguesia e do imperialismo. As lamentações da esquerda, as ações e os discursos parlamentares, junto às petições impetradas na justiça, fiadora do golpe, não serão capazes de impor uma derrota e nem mesmo fazer recuar o avanço da direita nacional.
A derrota de Bolsonaro, do seu governo reacionário e da burguesia golpista que lhe dá sustentação passa pela superação da confusão e da paralisia que reina no movimento operário, sindical, estudantil e popular, em primeiro lugar das suas direções, que devem romper com a política de derrotas do “Fica Bolsonaro”, erguendo sem eu lugar a bandeira legitimada pelo grito das ruas, que não é outra senão o “Fora Bolsonaro”; por novas eleições gerais; pela imediata liberdade do ex-presidente Lula, garantindo o seu direito à candidatura.