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Bolsonaro quer no Ministério da Defesa general que defendeu massacre de guerrilheiros

Em entrevista na última quarta (14), o candidato fascista à presidência da república Jair Bolsonaro (PSC-RJ), declarou que, caso eleito, nomearia o general Augusto Heleno como Ministro da Defesa. O militar supostamente representaria um fator de moderação no “governo” Bolsonaro.

Heleno ficou célebre ao comandar forças internacionais a serviço Organização das Nações Unidas no Haiti entre 2004 e 2005. Esteve ainda à frente do comando militar da Amazônia, quando contestou a política indigenista do governo do PT.

A partir de sua entrada para a reserva, em 2011, Heleno passou a defender abertamente posições de extrema direita, advogando por exemplo em favor da “revolução” de 1964 – na verdade o golpe que afundou o Brasil em 21 anos de ditadura militar.

Recentemente, com a escalada das “aproximações sucessivas” das forças armadas rumo a um golpe, Heleno voltou a se manifestar com mais regularidade, e cada vez mais à direita. Em janeiro último, o general exortou nas redes sociais: “Agilizem os processos e coloquem Lula atrás das grades”. Seria a escalada do arbítrio e da perseguição da esquerda no Brasil: o aprofundamento do golpe enfim.

Após a intervenção militar no Rio de Janeiro, em fevereiro, Heleno deu uma entrevista à BandNews em que não faltaram barbaridades – inclusive sobre seu passado no Haiti, quando “as regras de engajamento que permitiam que o sujeito que oferecesse perigo real a sociedade, que fosse o portador ou fosse ator de um ato ou intenção hostil, vejam a flexibilidade que dava a mim: […] os meus comandantes até nível sargento tinham o poder para decidir se aquilo que estava acontecendo era um ato ou intenção hostil e diante desta constatação podiam agir chegando até a letalidade, podia matar o indivíduo”. Assim a ONU exterminou os guerrilheiros haitianos.

Era um regime de terror e genocídio comandado pelo general, que naquele momento defendia que os mesmos procedimentos fossem adotados no Rio de Janeiro. Ou seja: as forças policiais teriam uma licença para matar, cuja legalidade poderia ser resolvida facilmente com a presença de juízes junto aos militares, prontos a legalizar qualquer arbitrariedade, como invasões de domicílio, prisões, torturas ou chacinas.

Por ser bem conhecido, e pela disciplina que mostrava em suas declarações públicas, Heleno era visto há alguns anos como um representante menos radical do exército – assim como se faz hoje com o comandante Villas-Boas. Com o tempo, caiu a máscara da moderação, e o general se mostrou defensor de políticas tão ou mais fascistas que aquelas propagadas publicamente por Jair Bolsonaro.

Chega a ser cínica assim a tentativa de Heleno de avalizar “moralmente” um suposto mandato de Bolsonaro. O general chegou a garantir: “se não preservar a democracia, há todos os instrumentos constitucionais para tirá-lo do poder”. É evidente: se Bolsonaro eventualmente for tirado do poder por algum general, será para endurecer ainda mais um regime ditatorial na linha política de Heleno: a linha dura.

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