Desde 2016, a burguesia já havia deixado claro que sua preferência para a eleição de 2018 seria a vitória do PSDB. Tão logo foi anunciada a candidatura de Geraldo Alckmin, os setores mais ligados ao imperialismo iniciaram uma campanha intensa para o tucano. Alckmin, no entanto, não decolou e se viu obrigado a assistir Jair Bolsonaro e Fernando Haddad irem para o segundo turno.
Mesmo Bolsonaro tendo sido preterido pelo imperialismo durante a maior parte do primeiro turno, isso não significa que a burguesia ficou sem candidato no segundo turno. Jair Bolsonaro é agora o candidato dos donos do golpe e estará, quando eleito, disposto a massacrar a população para benefício único dos banqueiros.
Nessa semana, a imprensa burguesa veiculou alguns dos planos da equipe econômica de Jair Bolsonaro, chefiada pelo lacaio do imperialismo Paulo Guedes. Já é tido como certo que o governo Bolsonaro fará de tudo para liquidar a Previdência Social – isto é, acabar com direitos básicos como a aposentadoria.
O cenário tenebroso que a equipe econômica de Bolsonaro planeja para os próximos anos não se esgota no problema da Previdência. Além de defender a privatização de todo o patrimônio nacional, Paulo Guedes também vem reclamando da “rigidez” do Orçamento da União.
O Orçamento da União deve cumprir, por lei, com uma série de investimentos vinculados a áreas específicas. Desse modo, é proibido não investir em áreas como a Saúde, a Educação e a Previdência Social. O que Bolsonaro e sua equipe querem é acabar com qualquer lei que obrigue o Estado a investir nas questões mais fundamentais da vida da população.
Qualquer argumento de que os malabarismos econômicos de Paulo Guedes são necessários para “equilibrar” a Economia não podem ser levados a sério. O único objetivo dos golpistas no momento é impor uma política de austeridade para esmagar a classe trabalhadora e dar uma sobrevida aos banqueiros. Fora Bolsonaro! Abaixo o golpe!