De um total de R$ 1,4 trilhão de despesas previstas para 2020, foram reservados apenas R$ 36 milhões para operações de inspeção de segurança e saúde no trabalho, combate ao trabalho escravo e verificações de obrigações trabalhistas. A queda em relação ao orçamento apresentado em 2019 —R$ 70,4 milhões— é de 49%. O valor será inferior ao gasto no período de janeiro a outubro deste ano, onde foi utilizado somente R$ 38 milhões.
Já no inicio do ano, a latifundiária golpista do ministério da agricultura, Tereza Cristina, havia dito que os patrões não mais poderiam mais ser fiscalizados por órgãos do governo, que os financiadores do golpe de Estado orquestrado principalmente pelos EUA teriam total liberdade de atuar como bem entenderem, quanto às questões de seu interesse na empresa, dando-lhes autonomia para fazer com que os operários trabalhassem aos domingos e, em horários muito acima do permitido por lei, acabando de vez que a legislação trabalhista.
Da mesma forma, resolveu que não mais haverá Normas Regulamentadoras (NRs) que tratam principalmente da saúde e segurança, ou seja, os patrões não mais terão preocupação em emitirem Comunicados de Acidentes do Trabalho (CAT), bem como, ficarão livres de qualquer processo que diga respeito às péssimas condições de trabalho e, desta forma elevará substancialmente seus lucros.
Os acidentes e doenças do trabalho que, anteriormente já estavam atingindo mais de quatro milhões, conforme Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) juntamente com o extinto Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com a política de terra arrasada contra os operários, já dá para imaginar quão será o caos dentro das fábricas.
Seguindo sua política de pagamento ao financiamento pelos patrões do golpe de Estado, nenhum valor será destinado à verificação das condições de trabalho e saúde dos operários, mas simplesmente para que os patrões fornecessem dados legais dos funcionários ou mesmo para verificar se empresas estão cumprindo as obrigações arrecadatórias, especialmente relacionadas ao FGTS.
Em 21/11/2019 foram destinados cerca de R$ 1,8 milhão para inspeção de segurança e saúde no trabalho e combate ao trabalho escravo, com andar da carruagem, em 2020 a verba para fiscalização nessa área tenderá a zero.
De volta ao período colonial
O fascista Jair Bolsonaro, fantoche do imperialismo, está seguindo, como um cachorrinho de estimação, aos ditames dos EUA.
Bolsonaro quer, em pouco tempo, transformar os trabalhadores em escravos, onde os patrões poderão fazer o que quiserem e quando desejarem, aos moldes do período colonial porém, em pleno século XXI.
Só há uma forma de derrotar tamanhas atrocidades ao conjunto dos trabalhadores e da população explorada, que será através da mobilização, por comitês de luta contra o golpe, em todo o país, nos estados, municípios, bairros, fábricas, etc.
Fora Bolsonaro!