Infiltração de militares em vários órgãos chaves do governo denuncia o caráter fascista de Bolsonaro e seus asseclas. O mentecapto ministro da Educação, Abraham Weintraub, pretende contratar até 540 militares da reserva das Forças Armadas para atuarem em 54 escolas cívico-militares neste ano.
O Ministério da Defesa, por sua vez, pretende liberar os militares a partir de abril para que os milicos já comecem a pôr em prática o tão sonhado sistema educacional reacionário da extrema-direita. Neste sentido, após processo seletivo publicado em edital no Diário Oficial da União, os militares já entrarão em atividade no primeiro semestre do ano.
A presença dos militares não é por acaso. Com o decreto nº 10.004/2019 datado de setembro de 2019, tornou-se possível a criação de escolas cívico-militares e a contratação de militares inativos das Forças Armadas para atividades civis nas escolas. Até então, era possível recorrer a esse tipo de mão-de-obra pela modalidade Prestadores de Tarefa por Tempo Certo (PTTC), porém apenas para atividades de natureza policial.
De início, os militares ficarão em 54 escolas selecionadas, sendo 38 delas estaduais e 16 municipais. O projeto reacionário terá abrangência em 23 estados e no Distrito Federal. Ademais, Piauí, Sergipe e Espírito Santo foram os únicos estados que, por enquanto, ficaram de fora, por enquanto.
Vale ressaltar, contudo, que essa não é a única frente de militarização utilizada pelos fascistas, pois além das escolas cívico-militares e da convocação para atividades de cunho militar – permitida por lei desde 2017, os militares também poderão reforçar o atendimento das agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com gratificação de 30% da remuneração recebida na inatividade.
Esse avanço dos militares revela o caráter repressivo e reacionário do governo golpista de Bolsonaro. Atolados em crises internas e, sobretudo, cientes da mobilização que se desenvolve através de um amplo descontentamento popular. Bolsonaro e seus asseclas aceleram o aparelhamento do Estado por meio de uma ampla militarização do regime. É preciso, portanto, denunciar toda essa investida fascista através da única palavra de ordem capaz de desestruturar todo o golpe: Fora Bolsonaro e todos os golpistas!