Saúde da Mulher

Bolsonaro quer ‘aliança’ mundial contra o aborto

Brasil e Estados Unidos da América dão as mãos contra a vida das mulheres

Os governos brasileiro e norte-americano promovem o estabelecimento de documento que representaria uma aliança internacional sobre princípios básicos da saúde da mulher que defende, primordialmente, a rejeição do aborto. Claro, desconsiderando a vontade, psicológico e vida das mulheres.

Nessa última quarta-feira (02), o requerimento foi apresentado pela entidade Conectas Direitos Humanos à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional e à Comissão de Direitos Humanos do Senado “para que convoquem o Ministro de Estado de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, para prestar esclarecimento sobre iniciativa co-patrocinada pelo Brasil e Estados Unidos da América”.

O Itamaraty não se pronunciou até o momento e o embaixador estadunidense no Brasil, Todd Chapman, em seu discurso na Fundação Getúlio Vargas há dez dias, fez referência ao documento que, segundo ele, assegura ganhos significativos de saúde e desenvolvimento para a mulher e defesa da família.

Com a crise se agravando sob o comando de Bolsonaro, o presidente ilegítimo busca nas questões morais uma maneira de reconquistar sua base social e eleitoral, após a polêmica em relação ao papel do governo no caso da menina de dez anos que, depois de ser estuprada, teve dificuldades em garantir o aborto legal. O projeto surge como maneira de dificultar ainda mais o acesso ao aborto seguro e expor as vítimas da violência a maior constrangimento, utilizando-se do discurso manipulador de “pró-vida” e “defesa da família”.

Além de desconsiderar a qualidade de vida das mulheres brasileiras, esse projeto abominável busca prejudicar as mulheres em um âmbito internacional.

Aborto legal e seguro é questão de saúde pública!

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