Em visita à cidade de Caldas Novas (GO) para a inauguração de uma usina fotovoltaica, o presidente fascista Jair Bolsonaro provocou aglomeração sem o uso de máscara. No evento, ele foi acompanhado pelo governador Ronaldo Caiado (DEM), pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, pelo chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, pelo senador Luiz do Carmo (MDB-GO) e também pelo ex-líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO).
Bolsonaro estava sem máscara, fez fotos e manteve contato físico com apoiadores. Isso em um contexto onde o número de mortes em virtude da pandemia do COVID-19 escala no estado de Goiás, com 128 mil casos confirmados e 3 mil mortes.
Em nível nacional, a pandemia segue avançando. São 3.804.80 casos confirmados e 119 mil óbitos até o momento. Sabe-se do problema da crônica subnotificação dos dados, o que aponta para uma realidade muito mais dramática do que a expressa pelos registros oficiais.
A atitude de Bolsonaro é expressão de sua política genocida, de “deixar morrer quem tiver que morrer.” Ao não utilizar a máscara, Bolsonaro passa a mensagem de que está tudo normal, de que não há com o que se preocupar. Desde o começo da pandemia, o presidente fascista deu declarações que minimizavam o problema. Uma das mais famosas foi quando se referiu à pandemia como uma “gripezinha”.
O governo federal buscou, de distintas maneiras, sabotar qualquer esforço para combater a pandemia no país. Os equipamentos de proteção individual não foram distribuídos à população e cortes de salários e demissões foram propostos pelo governo. Em momentos críticos da pandemia, Bolsonaro participou de manifestações que sinalizavam para um golpe militar e pelo fechamento do regime político.
A política de extermínio da população continua em marcha. São milhares de mortes diárias e dezenas de milhares de infectados pelo COVID-19. Em meio ao avanço da pandemia, que está fora de controle, Bolsonaro e os governadores golpistas procuram reabrir as atividades econômicas.
A aglomeração irresponsável na cidade goiana por parte do presidente da República demonstra, uma vez mais, que Bolsonaro despreza a população do país. Para ele , não há problema que haja milhares de mortes diárias da população pobre, sem atendimento no sistema público de saúde. Bolsonaro sempre foi um elemento da extrema-direita fascista, votou a favor de todos os ataques aos direitos dos trabalhadores no Congresso Nacional quando era deputado e deu declarações públicas de apoio à tortura à época da ditadura militar. Nada mais natural de que estimule o genocídio.