A onda de ataques à classe trabalhadora desde o golpe só cresce e empurra cada vez mais o país a uma situação calamitosa, os setores oprimidos são os que mais sentem na pele o descaso do Estado, e as mulheres, principalmente as negras, são um dos principais alvos do governo golpista, que constantemente as ataca de várias formas. Agora, o presidente ilegítimo Jair Bolsonaro afirmou para o Senado que irá vetar integralmente um projeto de lei que objetivava a obrigatoriedade dos hospitais em registrar no prontuário médico os casos de violência contra a mulher, de maneira específica.
Bolsonaro justificou sua decisão afirmando que esse veto se baseia no “interesse público”, mas que tipo de interesse público é esse que prefere se calar diante das agressões que as mulheres sofrem, a que público ele se refere? Mascarar a violência contra a mulher, principalmente na atual conjuntura, é algo impossível de se fazer. O projeto em questão estava tramitando desde 2015 na Câmara, apresentado pela deputada federal Renata Abreu (Pode-SP)
O presidente ilegítimo e inimigo das mulheres ainda continuou sua justificativa afirmando que “a proposta contraria o interesse público ao determinar a identificação da vítima, mesmo sem o seu consentimento e ainda que não haja risco de morte, mediante notificação compulsória para fora do sistema de saúde”. Ainda disse que “isso vulnerabiliza ainda mais a mulher, tendo em vista que, nesses casos, o sigilo é fundamental para garantir o atendimento à saúde sem preocupações com futuras retaliações do agressor”.
Pelo twitter, a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), que integra a Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania da Câmara, criticou o presidente: “O que se espera de um governo é que proteja as suas mulheres da violência. E não que faça como Bolsonaro, criando subterfúgios para vetar uma lei tão importante, que obriga à notificação pela saúde e a comunicação à rede de proteção em 24 horas”. E completou: “Ao contrário do que diz Bolsonaro ao vetar a lei da notificação em 24 horas, as mulheres estão expostas quando se impõe o silêncio à violência, caminho para o feminicídio. E não obriga a medidas urgentes e graves para prender e responsabilizar o agressor”
A violência contra as mulheres é algo intrínseco ao capitalismo, e quanto mais autoritário um governo é, assim como o do fascista Bolsonaro, mais as mulheres sofrem esse tipo de ataque. Se calar diante da possibilidade de denunciar essas violências é estar sendo conivente, é contribuir para que as mulheres continuem sendo agredidas. O único caminho possível é a união das mulheres e da classe trabalhadora em geral para ir às ruas e responder o Estado na mesma moeda, para barrar às ofensivas fascistas e ir em busca da derrubada do capitalismo. Fora Bolsonaro e todos os golpistas!