O lixo que ocupa hoje a cadeira de presidência, por ter ficado acuado com sua base social por conta do preço dos combustíveis, tomou a decisão de demitir o presidente da Petrobras e colocar um militar no lugar. Bolsonaro também conhecido como administrador da colônia, presidente ilegítimo eleito através da fraude eleitoral de 2018 que retirou Lula da disputa, numa continuação do próprio golpe de Estado em 2016 que tirou presidenta eleita democraticamente.
A decisão foi um modo de levar satisfação ao seu eleitorado e pensar em 2022, afinal de contas, Bolsonaro sequer tem concorrência – enquanto a esquerda adota a política do ”fica em casa”, sem apostar na mobilização de rua, Bolsonaro compra seu eleitorado através de medidas demagógicas como essa.
Depois da crise, em que o Bolsonaro foi acusado por setores da direita tradicional (PSDB, DEM, etc), os mesmos golpistas de 2016, de que ele era um homem que não privatizava, ele decidiu responder acenando para a entrega de outra estatal extremamente importante e estratégica para soberania nacional: os Correios.
A privatização dos Correios é um desejo antigo dos capitalistas. Uma das poucas empresas estatais que sobreviveram ao desmonte do patrimônio nacional colocado e prática por FHC (Fernando Henrique Cardoso), os Correios são constantemente atacados, tanto internamente, com medidas que visam a facilitar a privatização, como externamente, com a propaganda da imprensa golpista.
Não é difícil ver na imprensa burguesa a propaganda de que o serviço é ruim, e que a privatização ajudaria a resolver o problema. Nada poderia ser mais falso, pois os problemas causados e as milhares de demissões que a entrega causariam, não justificam a privatização da empresa. Se existem falhas numa estatal de tamanha envergadura, deve-se corrigir os problemas por meio das organizações dos trabalhadores.
Na verdade, estes problemas são propositais. Sempre que o estado burguês quer privatizar alguma estatal, propositalmente rebaixa a qualidade do serviço para que, através de uma grande campanha apoiado pelos meios de comunicação dos capitalistas, crie o ”clima de privatização”, que tomou forma nos últimos anos em relação a empresa.
Finalmente, a “sanha” do governo Bolsonaro na venda dos Correios se justifica no desespero da burguesia internacional em se apossar de um patrimônio brasileiro sem gastar nada!
No final das contas a privatização dos Correios é simplesmente uma mega transferência de recursos do povo brasileiro para capitalistas, quase sempre internacionais, que não precisarão investir nada nem na compra, nem depois, pois já receberão um patrimônio gigantesco com milhares de equipamentos, imóveis, centenas de anos de uma expertise no serviço desenvolvida pelos trabalhadores que serão rapidamente demitidos em massa para que a se contrate trabalhadores recebendo salários bem menores. É um verdadeiro “negócio da China” em solo brasileiro.
