Buscando reduzir o direito dos estudantes e docentes de participarem da gestão e da organização das universidades públicas no país, a partir de uma nota técnica do Ministério da Educação (MEC), o presidente golpista Jair Bolsonaro, eleito por uma fraude, passou a dispor do poder de escolha do reitor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e de mais outras 10 instituições, no ano de 2019.
Diferente de como vinha sendo feito, a normativa prevê que serão consideradas ilegais consultas internas, entre estudantes, professores e funcionários, acerca das eleições para o cargo de reitor, tudo na tentativa de inviabilizar candidaturas de esquerda ou tidas por de esquerda.
Na realidade, o que temos é um ataque direto à autonomia das universidades, demonstrando que a extrema-direita no governo poderá intervir no ensino superior do país, com o claro objetivo de controlar a liberdade de pensamento e de expressão e, assim, impor a censura e a ditadura fascista. Isso se soma ao famigerado projeto do Escola Com Fascismo, que já vem instigando os fascistas a agir de forma agressiva nas escolas públicas secundárias.
Diante desta ameaça criminosa de intervir nas universidades, os estudantes e os professores devem criar comitês de luta contra o golpe e unir forças por meio de coletivos organizados, de modo a reinserir nas instituições de ensino o direito à liberdade de pensamento e de expressão e colaborar, junto ao movimento operário, com a derrubada definitiva do regime de extrema-direita no Brasil.