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Descaso completo e intencional

Bolsonaro não envia técnicos especializados em desastre de óleo

Técnicos do IBAMA, especializados desastres impactos ambientais na cadeia de petróleo são ignorados pelo governo Bolsonaro. Não foram convocados, nem consultados.

O derramamento de óleo no mar de vários estados do Nordeste que está poluindo as águas fauna e flora do mar e praias em mais de 100 municípios, desde agosto último, não está sendo combatido pelo principal responsável, o governo federal.

A última informação é que técnicos do IBAMA especializados no licenciamento, fiscalização e planejamento da atividade de extração e produção de petróleo não foram acionados auxiliar na contenção do óleo e amenizar seus danos. Servidores do IBAMA denunciam que o Ministério do Meio Ambiente, comandado por Ricardo Salles, não convocou técnicos especializados do CGMAC (Coordenação Geral de Licenciamento Ambiental de Empreendimentos Marinhos e Costeiros), setor que tem inclusive experiência no desenvolvimento de planos de emergência em desastres ambientais, bem como planos de comunicação com as comunidades afetadas, fundamental para criar uma rede de informações sobre os impactos do desastre. Há outros setores com pessoal capacitado, mas que também não foram acionados e nem foram consultados para prestar dados e informações importantes.

Entretanto, mesmo sem a convocação oficial do governo, há técnicos que estão agindo de forma independente, auxiliando pesquisadores e comunidades afetadas a lidar com o material que está sendo recolhido pelos próprios moradores, sem qualquer proteção ou suporte dos órgãos responsáveis. É importante lembrar que este ano a atual direção da Petrobrás resolveu seguir a política do governo federal de corte de custos e anunciou o fechamento dos CDAs (Centros de Defesa Ambiental) que teriam exatamente a função de agir em casos de acidentes com petróleo e derivados, atuando com pessoal capacitado e mantido pela empresa.

É simplesmente inaceitável a completa falta de ação do governo de Jair Bolsonaro para tomar qualquer medida que combata de fato a propagação do óleo pelo mar e praias do Nordeste. Um desastre ambiental de grandes proporções que vem afetando não só o ecossistema marinho e costeiro mas, principalmente, comunidades inteiras que vivem da pesca, da venda de mariscos e outros frutos do mar e do turismo. Segundo dados do IBAMA, já são mais de 300 localidades afetadas, em mais de 100 municípios, numa faixa territorial de mais de 3 mil quilômetros de extensão que vai do Maranhão ao sul da Bahia. Na última semana, pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas e da Universidade Federal do Rio de Janeiro, descobriram uma grande mancha de óleo no sul da Bahia de mais de 200 km². O governo e a marinha novamente negaram e se recusam a agir.

Assim como ocorreu há algumas semanas com as queimadas na Amazônia, a postura de Bolsonaro e seus ministros tem sido de negar os fatos, inclusive denunciados pelas próprias comunidades afetadas e atacar as pessoas que estão relatando os fatos e denunciando a falta de ação dos órgãos responsáveis. Nestes dois casos, é importante destacar que os desastres ocorridos envolvem comunidades muito pobres, muitas vezes isoladas e que são alvos constantes de empreendimentos da burguesia que atacam violentamente essas comunidades, cometendo todo o tipo de atrocidades para explorar os recursos dessas áreas.

É neste ponto que está a conexão do governo Bolsonaro com a falta de ação para combater os efeitos desses desastres naturais e reparar os danos às comunidades afetadas, no fato de que este governo é sustentado, em grande parte, pelos mesmos setores que atacam essas comunidades e o meio ambiente: latifundiários, garimpeiros, madeireiros, empresas internacionais que querem implantar hotéis de luxo e campos de golfe em áreas de proteção ambiental, petroleiras internacionais reconhecidas internacionalmente por desastres ambientais como esses, etc.

Há pouco mais de 10 meses, está mais do que clara a finalidade do governo Bolsonaro. Após um golpe de Estado que retirou da presidência Dilma Rousseff, a transição conturbada com o golpista Michel Temer, a prisão ilegal do ex-presidente Lula e a eleição escandalosamente fraudada de Jair Bolsonaro, deixa claro que a burguesia quer descarregar os efeitos da crise internacional na cabeça dos povos oprimidos e nesse caso o Brasil tem muito a oferecer. Um país territorialmente gigantesco, com uma grande população e riquezas incalculáveis, está sendo uma presa perfeita para os tubarões capitalistas. Bolsonaro, o alto escalão das forças armadas, seus ministros e os políticos da extrema direita e do centrão, são atores em segundo plano nesse palco e atuam a mando dos grandes capitalistas.

Por isso, a única forma de defender o país, impedir toda essa destruição ambiental, o esmagamento dos trabalhadores e suas entidades, é travar uma luta política organizada e bem orientada contra o golpismo que aterrizou no país. Assim, como está ocorrendo no Chile, no Equador, no Haiti, a população precisa tomar as ruas e exigir a saída do governo golpista que ataca a população diariamente. Para isso a palavra de ordem é “Fora Bolsonaro”. Outro aspecto central é a liberdade de todos os presos políticos e o principal preso político é o ex-presidente Lula, sem a qual não seria possível mais essa etapa do golpe. Assim é preciso exigir o fim da Lava a Jato e a Liberdade para Lula e todos os presos políticos.

Eleições gerais Já também devem ser exigidas pois, uma vez que, este governo foi eleito de forma fraudulenta e não possui apoio da população, naturalmente deve-se se exigir um novo pleito eleitoral e, neste caso, com a presença do único político que possui apoio popular de fato no país, Luiz Inácio Lula da Silva.

Assim, e caminho é a tomada das ruas! Lotar as ruas em grandes manifestações é o único meio que realmente dá voz ao povo e faz valer a soberania popular. Fora Bolsonaro e todos os golpistas” Liberdade para Lula!

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