A base social de Bolsonaro tende a se desagregar rapidamente se forem levados adiante os planos dos golpistas de reforma e ataques contra o povo. Bolsonaro é uma espécie de sindicalista da direita, e a popularidade dele no meio militar vem dessa questão. Uma outra parte do apoio de Bolsonaro vem de grupos de extrema-direita, o aparato repressivo, judiciário e determinados setores altos do funcionalismo público.
A reforma da previdência é um dos principais fatores de destruição da base social de Bolsonaro. O segundo fator é econômico, o governo esperava crescer economicamente para manter a situação controlada, mas não foi o que aconteceu no começo do governo.
Agora é dito que a reforma da Previdência é boa, mas não é suficiente para recuperar a economia. A reforma precisa ser acompanhada por um duro plano de ajuste. Se na época de Temer a economia era apática, agora é visível que está caminhando para trás. Todos os países latino-americanos estão sofrendo uma fuga de capitais. A Argentina está prestes a sofrer uma crise falimentar. A pressão sobre o Real foi altíssima, o maior momento de pressão dos últimos anos. Existe uma tendência de desvalorização do Real diante do Dólar.
Para o governo Bolsonaro, a única solução é colocar a economia no trilho no ponto de vista da burguesia, e isso certamente irá gerar uma crise gigantesca. Se o governo não colocar a economia no eixo, ele mesmo vai cair, da mesma maneira que caiu Fernando Collor e outros.