Desde quando foram registrados os primeiros caso de infecção pelo coronavírus no país, no mês de fevereiro, não se viu uma só ação eficiente, responsável e consequente, por parte do governo Bolsonaro, para enfrentar a grave epidemia que hoje se encontra totalmente fora de controle em todas as regiões e Estados do território nacional. Esta política criminosa e genocida encontrou eco também na maioria dos Estados, onde os governadores nada fizeram ou fizeram muito pouco, sempre muito aquém do necessário para evitar a enorme catástrofe humanitária que o Brasil, tragicamente, vivencia hoje.
Falta de dinheiro, obviamente, nunca foi o problema para um governo que vem destinando trilhões de reais para os banqueiros, os capitalistas e sanguessugas da nação. Só não há mesmo dinheiro para os programas sociais de atendimento à população, a imensa parcela que necessita e depende da ação do Estado para ter suas demandas atendidas. Um fato que não é nenhuma novidade, pois é pratica corriqueira e habitual na administração pública, em todos os ministérios, secretarias e demais órgãos governamentais, que se reproduz também nos Estados e municípios, foi revelado pelo noticiário há poucos dias atrás.
Milhões e até mesmo bilhões de reais estão retidos nos cofres públicos do tesouro nacional a espera para serem aplicados e gastos em programas que beneficiam a população. No caso específico do combate à pandemia, foi aprovado um orçamento emergencial de R$ 38,9 bilhões. Deste montante, R$ 26,9 bilhões estava prevista para transferência a Estados e municípios. No entanto, revelando um total descaso no enfrentamento ao vírus, o genocida Bolsonaro autorizou o empenho de somente R$ 13,2 bilhões. Mas deste valor, somente foram pagos R$ 11,4 bilhões, cerca de 28% do total previsto; ou seja, menos de 1/3 do que deveria ser aplicado. Até o dia 19 de junho, o tesouro mantinha nos cofres do governo federal a quantia de R$ 27,4 bilhões. Nem mesmo a compra de equipamento e insumos médicos foi efetuada. Um caso explícito de genocídio consciente,
Esta situação calamitosa atravessada pelo país, todavia, nada tem a ver com mau gerenciamento ou ineficiência na gestão dos recursos. O que precisa e deve ser denunciado é a ação consciente e deliberada do governo no que diz respeito ao combate à epidemia. O governo Bolsonaro trata com absoluto descaso e irresponsabilidade a catastrófica situação que o país vive por conta da disseminação da pandemia. Os recursos não chegam aos hospitais e aos programas de prevenção, não há testes, os equipamentos hospitalares e a rede pública de atendimento estão sucateadas, obsoletas e muitas delas, em vários Estados, em função do crescimento vertiginoso do número de infectados, encontra-se em colapso, com a maioria dos leitos de enfermaria e UTI (insuficientes) esgotados, inviabilizando o atendimento à população necessitada, que morre aos milhares todos os dias.
Trata-se de uma política consciente e criminosa, que vem conduzindo o país ao abismo, onde já foi superada a macabra conta de mais de 1 (um) milhão de infectados. Isso se considerarmos somente os números oficiais, desconsiderando a enorme fraude nas notificações cartoriais em todos os Estados. Quanto ao número de óbitos, mais de 50 mil brasileiros já perderam a vida, numa tragédia sem precedentes na história recente da nação. Bolsonaro é o nome da morte, da tragédia, da dor, do sofrimento, do genocídio e da catástrofe nacional. É necessário avançar nas ações de enfrentamento ao governo, em todos os terrenos, mas principalmente nas ruas e praças, na luta social de masas e nas mobilizações, respondendo a todos estes ataques com o erguimento da bandeira do “Fora Bolsonaro”, fora todos os golpistas, pela realização de novas eleições gerais.
