O governo fascista de Jair Bolsonaro incluiu no orçamento R$ 60 milhões para a construção da primeira escola militar no Estado de São Paulo. Esta será a primeira no Estado e a 14ª unidade do país. A administração da escola será competência exclusiva do Exército, tal como ocorre nos colégios já instalados nas cidades de Manaus, Belém, Recife, Salvador, Rio de Janeiro, Santa Maria, Juiz de Fora, Belo Horizonte, Porto Alegre e Curitiba.
As escolas militares são parte fundamental da política do governo fascista. Elas significam um modelo de “fascistização” das escolas, que estabelecem um regime de terror e cassação dos direitos democráticos da juventude e dos professores. As escolas militares têm por objetivo impedir qualquer tipo de mobilização política dos professores e estudantes, cassando os direitos de liberdade de expressão, manifestação e participação política.
Uma característica das escolas militares é o impedimento de todo tipo de organização sindical e estudantil no espaço escolar. O controle ideológico da extrema-direita, por meio das Forças Armadas, é outra face desse projeto. Nas escolas militares, são os militares quem decidem quem deve discutir e o que vai ser discutido. Aos militares fica determinada a função de censura de qualquer tipo de debate polêmico, como sobre a realidade política do país, questões relativas à sexualidade e gênero e religião.
A escola militar é, na prática, o projeto Escola Sem Partido. Somente as organizações de extrema-direita, como partidos políticos e grupos religiosos, terão liberdade para manifestação no interior dessas escolas. A esquerda e qualquer tipo de pensamento crítico será banido e sistematicamente perseguido.
As organizações operárias e populares, os sindicatos de professores e as entidades estudantis devem convocar mobilizações de rua contra esse projeto de implementação das escolas fascistas.