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Ofensiva contra as mulheres

Bolsonaro fascista quer “dia da consciência” contra o aborto

Direita continua agindo no sentido da destruição do direito ao aborto e os direitos mais elementares das mulheres

O governo de Bolsonaro publicou no Diário Oficial da União (DOU)da terça-feira (13) um projeto de data comemorativa, chamado “Dia Nacional do Nascituro e de Conscientização sobre os Riscos do Aborto”, a ser comemorado, segundo proposta em 8 de outubro.

Segundo informações do DOU, no momento a proposta entrará em consulta pública e posteriormente será encaminhada para aprovação do plenário da câmara.

A ação mostra o esforço de Bolsonaro para colocar na pauta ataques a questão do aborto, e mostra claramente que a cruzada da extrema direita brasileira em prol da destruição dos direitos mais elementares das mulheres continua a todo vapor.

O objetivo desse tipo de iniciativa absurda é promover pressão junto aos setores mais atrasados da base direitista e ampliar o cerceamento do direito ao aborto.

No Brasil o aborto é liberado somente em alguns casos, como má formação do feto, risco de vida da mãe e casos de estupro. Porém desde o golpe e a ascensão dos fascistas, mulheres que procuram realizar o aborto, mesmo em casos permitidos por lei enfrentam imensas dificuldades. Já as mulheres que não se enquadram em nenhuma dessas situações têm entrado para as estatísticas aterradoras de mortes devido a práticas de aborto inseguro.

O próprio SUS divulgou dados referente a abortos malfeitos, apontou que no último ano a rede pública teve que finalizar mais de 80.000 abortos considerados pela lei brasileira ilegais.

Todas as ações do governo têm sido no sentido de eliminar de vez o direito a realização do aborto, quando claramente é necessário, para acabar com as mortes de milhares de mulheres todos os anos, a liberação da prática sempre que desejado pela gestante.

Promover um dia contra o aborto nesse sentido é mais um elemento para reforçar as ações da extrema direita, como a enorme gama de pesquisas da mídia tradicional e direitista que apontam que o povo brasileiro é contra o direito da mulher ao aborto, o que não é verdade e contraria os dados da realidade.

No momento em que as ofensivas como essa se multiplicam, é preciso uma ação contrária dos movimentos de luta e de defesa dos direitos das mulheres.

Está mais do que provado que existem métodos próprios para enfrentar os golpistas que vem destruindo o país e atacado as mulheres, que são da promoção da organização das mulheres ocupando as ruas pelo direito ao aborto seguro, a exemplo do povo argentino, que conquistou o direito ao aborto com movimentos massivos, ou mesmo dos poloneses, que estão desde o ano passado nas ruas pelo direito ao aborto no país.

Seguir esses exemplos de luta é crucial, não se respaldar nas instituições burguesas inimigas das mulheres para lutar, já que o judiciário e os outros poderes tem cumprido o papel de ataque violento aos direitos da população.

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