Nos EUA desde o fim de semana, o presidente ilegítimo Jair Bolsonaro se encontrou hoje (19) com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca, por alguns poucos minutos.
Bolsonaro viajou acompanhado por seis ministros: Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Paulo Guedes (Economia), Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Tereza Cristina (Agricultura), Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) e Ricardo Salles (Meio Ambiente), apresentados como sendo os mais próximos da sua ala, os chamados “bolsonaristas”, em um momento de profunda crise no governo, diante da crescente desprestígio do governo frente `população e da visível incapacidade do governo improvisado e fraudulento de adotar qualquer medida efetiva de contenção da crise econômica que se aprofunda.
A própria viagem está marcada pela divisão interna e crise do governo. Pouco antes do jantar oferecido pelo demissionário embaixador do Brasil no EUA, no sábado por exemplo, o filósofo Olavo de Carvalho, apontado como “guru” de Bolsonaro e líder de uma das alas do governo com, pelo menos, dois ministros indicados (das Relações Exteriores e da Educação) afirmou que o presidente está de mãos amarradas por militares próximos com “mentalidade golpista”, a quem chamou de “bando de cagões” e alertou que o governo Bolsonaro ‘vai acabar em seis meses, se continuar assim“.
Fora do País, próximo dos aliados da extrema-direita norte-americana e longe dos militares, esse setor parece se mostrar mais confortável para atacar a outra ala fundamental do governo.
O presidente foi recebido por protestos de brasileiros, em Washington, que contaram com um cocô inflado com faixa presidencial e faixas em defesa da liberdade de Lula e lembrando o assassinato da vereadora Marielle.
Procurando agradar seus anfitriões, o presidente e seus assessores fizeram discursos e declarações para apoiar teses direitistas, contra as mulheres, contra a esquerda, contra a Venezuela; elogios aos norte-americanos e chamado a que os EUA invistam no Brasil, oferecendo o País “à preço de banana”.
A viagem visa intensificar a entrega que o regime golpista vem realizando com a entrega do petróleo do pré-sal, privatizações etc. Já foi assinado o acordo para ceder aos EUA a base de lançamento de foguetes de Alcântara (com base em um fraudulento acordo comercial), criando – de fato – condições para a primeira base militar norte-americana em nosso País desde a II Guerra Mundial.
Falando aos abutres capitalistas, Paulo Guedes procurou “vender” o País, destacando os próximos leilões do petróleo e dos aeroportos brasileiros, entre outros.
Abalado pela enorme onda de protestos que se levantou contra o governo, no carnaval, o governo busca acelerar sua política entreguista, razão pela qual foi colocado, por meio de eleições fraudulentas, no governo. Trata-se agir rapidamente em favor dos grandes monopólios capitalistas norte-americanos, em detrimento da economia nacional e dos trabalhadores brasileiros.
A situação evidencia a importância de dar forma organizada e massiva ao sentimento crescente na população de que é preciso se livrar do governo Bolsonaro (“Fora Bolsonaro!”) para impedir o maior retrocesso de todos os tempos nas condições de vida e trabalho da imensa maioria da população.