Matéria no sítio da FUP (Federação Única dos Petroleiros) denuncia que o governo Bolsonaro está leiloando mais doze patrimônios da Petrobrás, numa clara intenção de retirar a empresa do Nordeste, e deixando que opere apenas no eixo Rio-São Paulo, com a produção e exportação do pré-sal.
O Polo de Alagoas inclui seis concessões terrestres e uma de águas rasas, duas estações de tratamento (Pilar e Furado), 230 km de gasodutos e oleodutos, a base operacional de Pilar e a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) com produção de 2 milhões de metros cúbicos de gás por dia.
O Polo de Sergipe inclui o Campo de Carmópolis com reservas de 1,7 bilhões de barris de petróleo, mais 11 concessões e toda estrutura de produção e logística da região. São cerca de 3000 poços em operação, 17 estações de tratamento de óleo, uma estação de gás e 350 km de oleodutos e gasodutos, Terminal Aquaviário de Aracajú, etc, além das bases administrativas de Carmópolis, Sirizinho e Riachuelo.
Vê-se que o governo do Bolsonaro está liquidando todo o patrimônio nacional, entregando tudo ao capital estrangeiro imperialista, principalmente o norte americano, do qual se tornou capacho ao bater continência a aquela bandeira.
Está cumprindo a promessa de campanha onde dizia que privatizaria tudo, evidentemente que ao capital estrangeiro imperialista. Já não bastasse as enormes perdas que vem promovendo contra a classe trabalhadora, impondo perdas conquistadas com muita luta em décadas.
É um completo esquartejamento da Petrobras, patrimônio nacional, fruto de tantas lutas pelo sua construção por parte da sociedade e principalmente pela luta dos trabalhadores pelo desenvolvimento da empresa. Agora está doando o maior e mais antigo pólo terrestre da empresa criado em 1963, uma vez que já doou ativos da Petrobras em quase todos os estados.
É necessário que todos os trabalhadores do serviço público, os petroleiros e demais trabalhadores se unam numa campanha contra a dilapidação do patrimônio brasileiro que é do povo, e da soberania nacional.
Devemos nos opor a essa política entreguista das estatais, lutar pela reestatização das privatizações que já foram realizadas anteriormente. Convocar de imediato os trabalhadores e organizar a luta e pôr mãos à obra, antes que não haja mais nada. Estamos diante da maior dilapidação do patrimônio nacional, não podemos virar mais essa página do golpe de estado ocorrido em 2016 contra um partido de esquerda.