Da redação – Bolsonaro sempre foi inimigo da ideia de equidade entre raças. Ele nunca escondeu isso. Ele ainda quer instituir aulas de reforço para negros e pobres. Além desse apartheid “sócio-racial” os militares ainda defendem que a Polícia Militar retire crianças que não se comportarem dentro da sala de aula. Aléssio Ribeiro Souto, assessor de Bolsonaro para educação intitulou essa medida de “repressão democrática”.
“Que tal se, em vez de cota, propiciarmos ensino adicional, correção dos erros existentes, complementaridade?”, aponta Souto em entrevista ao Estado de S. Paulo. A visão do general sobre cotas nega a herança excludente que a escravidão deixou no país. Em julho, durante programa Roda Viva, o candidato questionou a necessidade de cotas, e a existência de uma dívida social histórica com a comunidade negra.
“Que dívida? Eu nunca escravizei ninguém na minha vida. Se for ver a história realmente os portugueses nem pisavam na África, eram os próprios negros que entregavam os escravos”, delirou Bolsonaro durante entrevista.
Outra política antipovo que o candidato do Partido Social Liberal quer é a institucionalização do ensino a distância desde o ensino fundamental. Em nome do “combate ao marxismo” o candidato quer que os filhos dos trabalhadores e trabalhadoras não tenham acesso a cotas nem um ensino presencial com um mínimo de qualidade, ou seja, o candidato é a encarnação do retrocesso.