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Bolsonaro e Salles prometeram para os latifundiários uma limpa no Ibama e ICMBio

Vem à tona mais uma atuação do presidente ilegítimo na direta ingerência tanto no Ibama quanto no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Jair Bolsonaro afirmou neste segunda-feira (29), ter negociado com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, “uma limpa” no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) e no ICMBio.

Não bastassem as privatizações, agora a dupla do PSL e NOVO (ex-PSDB), perseguem diretamente os servidores de ambos institutos, como já verificamos no dia 16 de abril, onde em evento gravado em vídeo, Salles ameaça em tom de troça abrir processos administrativos contra servidores do ICMBio que não compareceram no dia. Estava acompanhado pelo “ambientalista”, Adalberto Eberhard, aquele que tentou incriminar tanto o MST quanto o PCO plantando uma bandeira sobre um vidro parabrisas quebrado, fabricando uma foto ensaiada que foi amplamente divulgada pelos jornalões. Eberhardt que assumira o posto em dezembro foi obrigado a pedir exoneração frente iniciativa de fusão do ICMBio com o Ibama.

A continuação desse limpa se dá neste momento com a nomeação de quatro oficiais da Polícia Militar para cargos de diretoria no ICMBio, aprofundando o clima de perseguição que invariavelmente vai se traduzir na demissão dos servidores não alinhados com a política governamental de privatização e destruição do meio ambiente promovidas também pelo ministério da Agricultura.

Trata-se de uma política extensa que visa desarmar a população em várias frontes, seja pela neutralização da fiscalização do Ibama e ICMBio que aliadas à atuação da Funai coíbem a atuação de madeireiros em terras indígenas. Assim como, restringindo e atrasando a atuação dos Institutos em casos de acidentes ambientais como o de Mariana e Brumadinho.

Neutraliza-se a atuação dos institutos em uma ponta e em outra garantem que as multas já aplicadas se transformem em lucro para os autuados, como foi recentemente anunciado pelo ministro do Meio ambiente, que quer reverter a multa de 250 milhões de reais aplicada à Vale pelo Ibama, em favor de concessões à empresa multada, de sete parques em Minas Gerais, além de “adotar” Inhotim, ou seja, investirem em privatizações geridas por um condenado por lavagem de dinheiro (Bernardo Paz) cuja fortuna provem de trabalho infantil, escravo e crimes ambientais, claro, tudo em conluio com o governador Romeu Zema.

Conclui-se que o que ocorre neste momento é a privatização dos dois institutos e da celebração de um contrato tácito de gestão conjunta destes por parte do ministério da agricultura que por conseguinte é gerido pela “musa do agrotóxico” Tereza Cristina, representante direta do agronegócio.

Por se tratarem de servidores que tem atuação em espaços geográficos absurdamente extensos, de difícil acesso, com pessoal e verbas reduzidas, agora então sob a intervenção militar direta que os espiona, pune e exonera. Cabe aqui a denúncia do descalabro que está a se instalar, no que podemos comparar aos tempos da ditadura, da transamazônica e o sacrifício estúpido dos seringueiros, constituindo uma verdadeira caixa preta que só será aberta após a derrota do golpe, onde a degradação do meio ambiente será gigantesca e só será equiparada pelo morticínio em tão grande escala de índios e camponeses.

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