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Bolsonaro é responsável pela escalada de violência contra os sem terra

Nessa última semana os movimentos de luta pela terra e os trabalhadores do campo sofreram com a violência da direita em acampamentos, assentamentos e terras indígenas. Foram diversos ataques que resultaram em assassinatos, despejos, espancamentos e todo o tipo de ameaça e intimidação.

A política de atacar os trabalhadores sem-terra, indígenas e quilombolas está criando um clima favorável para a direita no campo, formada por latifundiários, madeireiros e mineradoras que estão se sentindo à vontade para cometer as maiores barbaridades sem nenhuma preocupação com as consequências.

Em menos de uma semana, houve dois ataques da direita em que integrantes do MST foram atropelados. Em Valinhos, interior de São Paulo, 15 pessoas ficaram feridas e um senhor não resistiu e faleceu. No Rio Grande do Norte, outro bolsonarista jogou sua caminhonete contra um integrante do MST que morava no Acampamento Antônio Batista, no município do Alto do Rodrigues, local de grande conflito com latifundiários.

Um método que os latifundiários estão se utilizando de uma maneira corriqueira é a tentativa de despejo e retirada forçada de acampamentos de maneira completamente ilegal. Para realizar qualquer tentativa de despejo no campo, deve-se ter autorização da justiça e a presença da polícia para a retirada das famílias sem-terra, indígenas ou quilombolas. A justiça, em geral, concede a ordem de despejo sem problemas ou muita burocracia para os latifundiários, mesmo que exista problemas de documentação da fazenda ou até mesmo que o requerente da ordem de despejo seja o dono do imóvel.

Mas mesmo sendo fácil, a situação política está deixando os latifundiários e a direita à vontade para realizar esses despejos sem nenhuma autorização da justiça golpista com uso de empresas de “segurança” ou mesmo pistoleiros à moda antiga. A partir do golpe de 2016, até o uso de grande aparato repressivo da polícia militar está sendo usado sem nenhuma autorização judicial.

Temos dois exemplos dessa política. Na cidade de Aquidauana, no Mato Grosso do Sul, no dia primeiro, 130 policiais militares do batalhão de choque e um helicóptero, realizaram um despejo de cerca de 500 indígenas Kinikinau de maneira totalmente arbitrária e violenta.

Outro ocorreu no dia 02/08, município de Santa Cruz Cabrália, no Extremo sul da Bahia, as famílias do acampamento Nova Esperança, foram covardemente atacadas por pistoleiros encapuzados que espancaram as famílias, incluindo idosos e mulheres. Atearam fogo nos barracos e destruíram todos os bens dos trabalhadores sem-terra.

Desde a semana passada conseguimos contabilizar aproximadamente 3 mil famílias despejadas de maneira violenta, com autorização da justiça ou não. Os despejos, incêndios ocorreram no Pará, Rondônia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Bahia. Dois assassinatos, do indígena Waiãpi, no Amapá, e em São Paulo. Um integrante do MST atropelado de maneira criminosa no Rio Grande do Norte. O que chama a atenção diante da escalada de violência no campo e a completa imobilidade da esquerda diante desses ataques.

Também não podemos esquecer do projeto apresentado por Bolsonaro que dá ‘licença para matar’ a latifundiários em ocupações de terra, além de tipificar ocupações de terra e movimento sociais como organizações terroristas.

O aumento da violência é de responsabilidade do governo Bolsonaro, tomado por latifundiários pertencentes a fascista União Democrática Ruralista (UDR), militares em todos principais cargos de ministérios e secretarias responsáveis por essas áreas. Soma-se a essa política, cortes em todos os orçamentos destinados à resolução de problemas em assentamentos e terras indígenas e, principalmente, de um plano de repressão e intimidação de militantes e movimentos da luta pela terra.

Bolsonaro resumiu tudo em uma frase em encontro com deputados e senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), no mês de julho, onde afirmou que “o governo é de vocês”.

Não há a mínima possibilidade de convivência com Bolsonaro e a direita no campo e muito menos aguardar 2022 para tentar mudar a presidência. É preciso derrubar o governo Bolsonaro para barrar essa ofensiva dos latifundiários no campo.

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