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Bolsonaro e militares ameaçam com golpe militar

Nota oficial do Partido da Causa Operária

Dias antes do 31 de março, data que marca oficialmente o golpe militar criminoso de 1964, Jair Bolsonaro propôs às Forças Armadas que houvesse a comemoração da data nos quartéis.

Mas logo Bolsonaro foi obrigado a recuar, devido à grande oposição de diversos setores da população, e de uma pressão exercida inclusive por alguns setores da burguesia, como o Ministério Público, que se preocupam com a repercussão desse tipo de ação.

O recuo consistiu em uma pequena comemoração antecipada, a qual ele inclusive chamou de “rememoração”.

A comemoração foi bastante fraca e tímida. E mesmo os apoiadores de Bolsonaro que saíram às ruas com a intenção de atender ao chamado de Bolsonaro, não conseguiram reunir mais que meia dúzia de pessoas em algumas capitais. Esse fato confirmou que a base sobre a qual o governo se apóia está ficando reduzida a uma quantidade cada vez menor de pessoas.

A extrema direita procura ocultar o verdadeiro caráter da ditadura militar que durou de 1964 a 1985. Dizem que o golpe militar não foi de fato um golpe, o que é absurdo, uma vez que derrubaram à força um governo que havia sido eleito, para substituir por um que não havia sido. Isso depois de várias tentativas por parte dos partidos mais conservadores de operar esse golpe por meios que tinham certa aparência de legalidade. A extrema-direita procura ainda dizer que o golpe foi quase benigno, que não haveria matado muitas pessoas, e que só torturou o necessário, em razão de uma suposta guerra que haveria no país. Tudo uma grande falsificação.

A ditadura matou milhares de pessoas, fato que foi ocultado, mas que cada dia vem mais à tona. Torturou jovens, mulheres e inclusive crianças e esmagou o movimento operário e os diversos movimentos populares. Por duas décadas procuraram fazer do Brasil um verdadeiro cemitério, no qual ninguém podia contestar o regime e nem sequer pensar livremente. No qual a população via seus direitos serem arrancados sem poder fazer nada, sob o risco de ser torturada e assassinada nos porões da ditadura.

No entanto, consideramos que não é função da esquerda impedir os militares e a extrema-direita de comemorar esse ato criminoso. Eles podem comemorar o que quiserem, inclusive para mostrar à população o que eles de fato defendem. Até porque a verdade é que a maioria dos militares e inclusive da própria burguesia são a favor do golpe e da ditadura em sua integridade.

O Partido da Causa Operária acha sim que a esquerda e todos os setores democráticos e progressistas têm o dever de denunciar e de protestar contra tal comemoração.

Denunciamos também que a atitude de Bolsonaro hoje é resultado da tão elogiada “transição pacífica” da ditadura para a novo regime. E, nesse caso, pacífico significa que todos os criminosos saíram impunes e a população foi impedida de reagir como gostaria.

O resultado da “paz” é que querem repetir o feito. Ao incentivar as comemorações, estão dizendo que o que foi feito estava correto e que pode e deve ser repetido. Justamente porque ninguém foi punido é que hoje temos um Bolsonaro defendendo a ditadura e querendo trazê-la de volta.

Por isso, reafirmamos o que já dizíamos na época: um dos objetivos da luta popular contra a ditadura teria sido desmantelar esse aparato criminoso que é a burocracia das forças armadas brasileiras, essa verdadeira máquina de guerra contra o povo brasileiro. Enquanto ela não for desmantelada, ninguém estará em paz.

Achamos importante destacar que o que está em jogo com a declaração do Bolsonaro não é o passado, mas o presente.

Quando um presidente da República, por mais ilegítimo que seja, manda as forças armadas, particularmente, comemorarem o golpe, está ameaçando todo o País. Pois se isso é algo que pode ser comemorado institucionalmente, significa que essas instituições estão tornando absolutamente legítimo aquilo que foi feito.

Trata-se de um aviso para a população: tomem cuidado, fiquem mansos ou colocamos os tanques nas ruas, reabrimos os porões, trazemos novos torturadores, matamos, mandamos para o exílio etc.

É uma ameaça direta aos trabalhadores, aos movimentos democráticos e a toda a população.

Também enfatizamos que a derrubada de Dilma Rousseff em 2016 é parte de um processo que levou ao governo Bolsonaro, que levou à comemoração do golpe de 1964 e que caminha, se a população permitir, para o estabelecimento de um novo regime fascista no Brasil.

Por isso tudo é preciso reagir e os atos realizados por todo o País no dia 31 de março, contra a celebração do golpe de 1964, foram um importante passo nesse sentido.

O PCO chama a todos os setores a se engajarem na luta pelo “Fora Bolsonaro e todos os golpistas”, que é a maneira de derrotar o golpe e impedir o avanço da extrema-direita defensora da ditadura militar.

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