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Fascismo aqui, fascismo lá

Bolsonaro e direita venezuelana são iguais ao nazista VOX

Os principais integrantes da frente golpista latino-americana se reúnem com líder fascista espanhol e discutem luta contra a esquerda.

Na quinta-feira, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), participou de um evento promovido pelo partido fascista espanhol, Vox. O caso revelou a completa semelhança entre os golpistas brasileiros, venezuelanos e bolivianos, com o partido fascista.

O evento consistia em um debate online organizado pela Fundación Disenso, recém-criada pelo grupo fascista. Na ocasião estiveram presentes o líder do partido, Santiago Abascal, a líder golpista Maria Corina Machado, da Venezuela e o ex-ministro do governo golpista boliviano, Arturo Murillo.

O tema principal não poderia ser mais chamativo: organização de partidos de esquerda latino-americanos e o Foro de São Paulo, definidos como “uma ameaça para a liberdade na Iberosfera”.

A reunião das comissões fascistas da América Latina e do Vox, demonstraram uma maior aproximação do bolsonarismo ao partido espanhol, sobretudo, após a derrota de Trump nas eleições norte-americanas. Eduardo Bolsonaro, participou ao mesmo tempo em que é o principal porta voz do governo no exterior, tendo já se reunido anteriormente com outro fascista, Donald Trump.

Ainda no início do mês, o filho de Bolsonaro e a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) também assinaram a Carta de Madri, da qual continua uma série de princípios formulados pela Vox.

Unidos contra a esquerda e as organizações operárias

Live com deputado espanhol Santiago Abascal, líder do partido VOX - YouTube

No evento em questão, o principal destaque encontra-se na postura totalmente submissa aos imperialistas espanhóis. Abascal, deputado federal espanhol, declarou que a extrema-direita precisa se unir pois “estamos vendo o crescimento da extrema esquerda populista”.

Para o fascista, até mesmo o direitista Partido Socialista espanhol, parte do regime político, é considerado uma legenda perigosa. Em contrapartida, Eduardo Bolsonaro logo em sua primeira intervenção decidiu bajular o anfitrião.

Dirigindo-se ao “fascista mor” o filho de Bolsonaro colocou que “você não sabe quantas pessoas no Brasil querem tirar uma foto com você, Santiago”. De maneira submissa, Eduardo Bolsonaro apoiou a “unidade mundial dos conservadores” contra o chamado “marxismo cultural”.

“Aqui no Brasil temos um presidente conservador, mas com todas as instituições culturais dominadas pela esquerda. O que nós precisamos é trabalhar nas universidades, para formar a intelectualidade dos próximos 10, 20 anos. Estamos em uma guerra cultural”, declarou Eduardo.

Já a golpista venezuelana colocou a culpa da crise econômica, organizada pelo imperialismo, na conta do nacionalismo chavista. De acordo com a fascista, a presença de governos minimante de esquerda em outros países, como a Argentina, irão levar a América Latina a um total desastre.

Eduardo completou, “é uma luta do bem contra o mal, sem nenhuma dúvida”. Ainda mais, defendeu que os fascistas devem seguir o caminho da “justiça” e não o do “perdão das palavras”.

Dessa maneira, em meio a frases de efeitos e declarações extremamente fascistas contra a esquerda latino-americana, Abascal colou-se na reta final do evento na defesa da “unidade para o combate”, um chamado para a guerra contra a esquerda e as organizações operárias.

Tal situação, mostra mais uma vez à que serve o governo Bolsonaro. A diferença entre os bolsonaristas e os fascistas espanhóis está apenas no fato que o primeiro serve o segundo. No demais, a política ultra direitista mantem-se a mesma.

As viúvas de Franco

A organização de um evento com esta político demonstra a tentativa de estruturação da extrema-direita fascista à nível internacional. O Vox, desde de sua fundação em 2013, de muito se assemelhou a postura fascista do movimento bolsonarista. Em seus símbolos, o Vox carrega aqueles herdados pelo fascismo espanhol, que muito se assemelham aos mesmos usados pelos nazistas alemães.

Além disso, fazem como de praxe a famosa saudação romana, e defendem o governo de Franco, representante histórico do fascismo espanhol. Dessa maneira, de uma só vez, denota-se a real política de todos os golpistas na América Latina.

Uma das principais campanhas são o anti-separatismo, em defesa do Estado Espanhol, e leva consigo o lema “Espanha livre, (…) unida e grande outra vez”, muito semelhante ao lema franquista de “Uma, grande e livre” Espanha.

Outro fator importante, é que um dos seus principais líderes, Javier Ortega Smith, se declara um grande admirador de Antônio Primo de Rivera, fundador da Falange Espanhola, uma das primeiras organizações fascistas fundadas na Espanha.

São esses os mesmos chamados de democráticos pela imprensa burguesa quando fazem oposição à Maduro e Evo Morales, e os mesmos que organizaram o golpe de Estado no Brasil. O fascismo, é cada vez mais, a ponta de lança da burguesia internacional.

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