Em entrevista à rede Bandeirantes nesta segunda-feira, o fascista Jair Bolsonaro mais uma vez afirmou que vai atacar duramente o movimento indígena. Bolsonaro disse “no que depender de mim, não tem mais demarcação de terra indígena”.
Essa declaração é uma reafirmação do que vinha prometendo para os latifundiários, madeireiros e mineradoras antes e durante a campanha eleitoral. O apoio que esses setores deram a Bolsonaro foi para impedir novas demarcações de terras indígenas, mas também revisar as áreas já demarcadas e abrir as portas para que empresas do agronegócio e da mineração explorem essas terras.
Apesar de toda a retórica de Bolsonaro sobre o desenvolvimento das terras indígenas com esse tipo de exploração, o que vem por aí e um agravamento da situação de miséria e violência contra os povos indígenas para as empresas e latifundiários lucrarem ainda mais.
Não é por acaso que logo após o anúncio de que Bolsonaro tinha sido eleito iniciou-se uma ofensiva contra diversas terras indígenas e aldeias em áreas retomadas por parte de latifundiários em diversos estados do país, por exemplo, em Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Ceará e Alagoas.
Os planos de Bolsonaro para as terras indígenas é, na verdade, acabar com as terras indígenas. Seja impedindo novas demarcações através do judiciário e da polícia, seja permitindo que as mineradoras, madeireiras e o agronegócio explorem essas terras até a exaustão dos recursos naturais agravando ainda mais a situação de exclusão e miséria dos povos indígenas.
Os povos indígenas serão os primeiros a serem atacados pelo governo do fascista Bolsonaro e dos latifundiários, com extrema violência para que estes grupos alcancem seus enormes lucros. Não é por acaso dessa declaração dada a Rede Bandeirantes e já há um agravamento da situação de violência no campo em pouco mais de uma semana após as eleições.
Por essa situação fica evidente que o movimento indígena tem que se fortalecer e juntar-se a outros movimentos de luta pela terra e dos trabalhadores da cidade para derrotar os golpistas e expulsar Bolsonaro da presidência com todos os golpistas. Os indígenas devem criar comitês de autodefesa para se protegerem dos ataques dos latifundiários e se unificarem em torno da luta contra o golpe.
É preciso mostrar aos latifundiários e aos fascistas que tomaram o governo que os indígenas não vão aceitar a invasão de suas terras, retiradas de direitos e violência dos golpistas e, caso tentem, vai haver resistência.