Nesta quinta-feira, 30, o Banco Central soou o alarme da economia nacional e informou que a dívida bruta do setor público bateu novo recorde e está a caminho da catástrofe ao ultrapassar a barreira dos 90% do Produto Interno Bruto (PIB); mais especificamente 90,6% do PIB no mês de setembro.
O equivalente a R$ 6,53 trilhões relativos aos 90,6% do PIB demonstra o aprofundamento da crise em que o país se encontra. Basta considerarmos os R$ 5,5 trilhões acumulados em dezembro do ano passado, quando a dívida estava em 75,8% do PIB. Não obstante, o prognóstico por parte do governo golpista não nos oferece nenhum alento. Segundo o ministério da Economia, a dívida bruta do setor público pode chegar a 93,9% do PIB até o final do ano. Ademais, de acordo com o Banco Central, esse foi o pior resultado para este mês desde o início da série histórica da instituição, em 2001. Somente de janeiro a setembro, as contas do setor público apresentaram déficit primário de R$ 635,926 bilhões. Considerando-se que o déficit fiscal foi de R$ 20,541 bilhões em setembro de 2019, é possível ter uma clara noção do tamanho do desastre que nos assombra.
De setembro de 2019 até setembro deste ano, o resultado ficou negativo, com um acumulado de R$ 990,996 bilhões, o que equivale a 13,74% do PIB. Este valor, contudo, está longe de ser aceitável, visto que é alto para padrões internacionais e até mesmo economias emergentes. Bolsonaro e seus asseclas, de fato, não possuem o mínimo compromisso com a recuperação da economia nacional; mas, dado o descalabro que evolui rapidamente, a saída que os asseclas golpistas tentaram empurrar goela abaixo da população é velha conhecida: sujeitar o país aos ditames do Fundo Monetário Internacional (FMI). É notório que o país está indo para um endividamento irreversível. Com a direita golpista e submissa no governo, não é preciso ser nenhum guru para prever que irão empurrar um empréstimo com o FMI juntamente com a cartilha de destruição da economia nacional, colocando-nos como submissos dos grandes bancos internacionais. Nesse caso como nos outros, quem paga a conta é a classe trabalhadora.