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É preciso derrubá-lo

Bolsonaro debocha do sofrimento do povo enquanto crise se alastra

Enquanto estimativas apontam que País pode ter cerca de meio milhão de mortos, presidente diz que tudo não passa de histeria

Demonstrando o total desprezo da direita pelo imensa maioria do povo, o presidente ilegítimo Jair Bolsonaro depois de anunciar dias atrás, em visita aos Estados Unidos (país cujos chefes capitalistas ele realmente admira e obedece), que a pandemia de do coronavírus que vem matando milhares de pessoas e ameaça matar milhões em todo o mundo não era mais do que uma “fantasia”, declarou em entrevistas a jornalistas no começo dessa semana que a preocupação com a doença no Brasil é uma “histeria”.

A afirmação do presidente foi feita no mesmo momento em que foi tornado público um estudo de especialistas da Universidade de Oxford sobre os possíveis impactos do coronavírus sobre a população brasileira, que apontam que no Brasil poderão ocorrer mais de 478 mil mortes, caso as medidas necessárias para a contenção da doença não sejam tomadas.

A pilhéria do chefe fascista da direita brasileira, é apenas parte da operação criminosa que seu governo e todos os governos da direita, no estados mais duramente atingidos, até o momento, pela pandemia. Um exemplo disso é que a vários meses após a crise internacional em torno da doença, o governo só agora anuncia as primeiras medidas, a maioria das quais sem qualquer eficácia real, depois de terem promovido um política de destruição da saúde pública, sem paralelos, por meio de medidas como o congelamento dos gastos públicos, pesados cortes no setor, política de privatizações e terceirizações, não realização de concursos públicos, encerramento de convênios e projetos sociais, como Mais Médicos, que resultou na “expulsão” de mais de 8 mil médicos cubanos do País (antes mesmo de Bolsonaro tomar posse) etc. etc.

Mesmo diante da recomendação dada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de que os países apliquem testes em massa para descobrir quem está infectado e isolar esses pacientes, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, afirmou que o governo (apenas) estuda fazer a importação de testes rápidos para o novo coronavírus (Sars-Cov-2), mas que por enquanto não mudará agora o critério adotado na atual fase, na qual apenas as pessoas com casos graves estão sendo testadas.

O pouco caso de Bolsonaro se expressa também no “pacote” anunciado pelo seu ministro da Economia, devidamente apelidado de “thutchuka dos banqueiros”, que, cinicamente, anunciou um “pacote” de medidas que consiste em apenas adiantar recursos dos próprios trabalhadores aposentados e da ativa (FGTS) e permitir que estes e as pequenas e médias empresas se endividem ainda mais com os bancos (tudo pelo banqueiros!!), porque o governo não quer gastar os recursos públicos com a população. Para se ter uma idéia da farsa do “pacote” brasileiro, os recursos anunciados no Brasil, são oito vezes menores do que os anunciados na Espanha, país com 1/5 da população brasileira (evidentemente lá também a maior parcela dos recursos são para os empresários).

Depois do fracasso redundante dos atos em seu apoio no último domingo, Bolsonaro ainda  atirou que “não é o povo que está criticando, não. Não é o povo. É a grande mídia que desde antes de assumir, os caras não deixam a gente em paz. Tem que ter muita força de vontade para poder trabalhar porque é só notícia ruim por parte desses grandes órgãos de imprensa aí“. Isso quando, cada dia, fica mais evidente da imensa rejeição popular ao governo, como ficou evidenciado nas recentes mobilizações dos petroleiros, servidores etc., no carnaval e nas manifestações do Dia Internacional da Mulher, 8 de Março.

Mostrando que não tem e nem quer ter, nenhum preparo para enfrentar a situação, o presidente, quando perguntado se o país está preparado para conter a epidemia enrolou dizendo que  “o que que está acontecendo, nós íamos passar por isso. Começou na China, foi para outros países da Europa e iríamos passar por isso. Agora, o que está errado é a histeria, como se fosse o fim do mundo.  E uma nação, o Brasil, por exemplo, só estará livre desse vírus, né, o coronovírus [sic] aí, tá, quando? Quando um certo número de pessoas forem infectadas e criarem anticorpos, que passam a ser barreira para não infectar quem não foi infectado ainda“; entre outras asneiras.

Mesmo com recomendações de afastamento social devido ao coronavírus, Bolsonaro cumprimentou apoiadores em manifestação no domingo (15) — Foto: Reuters/Adriano Machado
Bolsonaro cumprimenta “coxinhas” em frente ao Palácio do Planalto, no dia 15

Expressando não ter qualquer preocupação com a realidade, na qual já há centenas de doentes confirmados e as primeiras mortes começam a ser anunciadas,  o presidente, apresentou como “receita” para a situação a “diluição” da pandemia, “explicando” que “como está vindo, ela tem que ser diluída, em vez de uma parte da população ser infectada em um período de dois, três meses, e vai ser, que seja entre seis, sete, oito meses”, disse; pura enrolação e pouco caso.

A atitude do presidente e “medidas” do governo deixam claro que para defender o povo brasileiro é preciso se livrar do presidente e dos golpistas que assumiram o governo por meio de eleições fraudulentas, em 2018.

Ao contrário da conduta passiva da maioria da esquerda, de apoiar as medidas de isolamento e cerceamento da liberdade de expressão e reunião, como quer a direita (apenas para o povo e a esquerda), é preciso agira rapidamente no sentido de mobilizar pela derrubada do governo que ameaça a própria sobrevivência de milhões de brasileiros.

 

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