Mais um duro golpe do governo ilegítimo/golpista Bolsonaro aos direitos dos trabalhadores. Desta vez trata -se do confisco, conforme Portaria editada no último dia 20 de abril pelo governo, auxílio-doença, onde os trabalhadores acidentado passarão a receber apenas o valor de um salário mínimo.
O truque do governo para implantar tal medida vai no sentido de adiar as perícias médicas, pelos próximos quatro meses, em decorrência da pandemia do coronavírus. Ou seja, um trabalhador que, se a partir de hoje se acidentar em decorrência do seu trabalho e ficar afastado por mais de 15 dias, período esse que os seus vencimentos são pagos integralmente pela empresa, terá a sua perícia médica marcada após 120 dias, enquanto isso ficará recebendo apenas um salário mínimo, ao invés do que é garantido por lei, da média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80 por cento de todo período contributivo.
O governo fascista/ilegítimo Bolsonaro anuncia, em meio à crise da pandemia do coronavírus, mais uma medida de confisco da classe trabalhadora, justamente em um momento em que os trabalhadores mais precisam dos seus recursos, medida essa que vai no sentido de prejudicar, ainda mais, os trabalhadores para beneficiar de meia dúzia de capitalistas e banqueiros em crise.
A medida é mais uma evidência do caráter de brutalidade da burguesia e dos seus representantes nos governos, tanto federal quanto a nível estadual.
É bom ressaltar que o Brasil é um dos países recordista em acidente de trabalho. Segundo o Observatório Digital de Saúde e Segurança no Trabalho (ODSST) entre os anos 2012 e 2018 morreram nada menos do que 17.200 pessoas no Brasil como resultado dos acidente ou doenças relacionadas com sua atividade laboral e 4,5 milhões de acidentes, consequência do descaso dos patrões e seus governos.
Essa nova medida é parte do conjunto de ataques à população, que todos os dias vêem os seus poucos direitos serem liquidados com o objetivo de satisfazer o apetite dos grandes capitalistas e banqueiros. A conta da crise financeira, agravada no atual momento com a pandemia do coronavírus, está sendo passada para os trabalhadores para salvar os grandes capitalistas e banqueiros. Enquanto que no atual estágio da crise do capitalismo os trabalhadores são chamados a pagar o ônus da crise, os banqueiro são agraciados com nada menos do que R$ 1,2 trilhão. Roubam os trabalhadores para repassar para aqueles que são os verdadeiros causadores da crise.
Enquanto que as organizações dos trabalhadores estão fechando as suas portas e propõe que os trabalhadores fiquem em casa em confinamento, os capitalistas e seus representantes nas esferas de poder estão em plena atividade para liquidar como os direitos dos trabalhadores e de toda a população procurando uma saída para se beneficiarem.