Os ataques do governo fraudulento de Jair Bolsonaro contra o povo brasileiro e a própria integridade do país são ininterruptos. Depois dos duríssimos cortes na Educação e da recente crise em torno da Amazônia, Bolsonaro planeja agora destruir completamente outra área de importância vital para o desenvolvimento do Brasil: a área de pesquisa científica.
No Brasil, sabe-se que a grande maioria das pesquisas científicas, que inclui tanto publicações em revistas científicas quanto em congressos e conferências são realizadas nas universidades públicas. De toda esta produção acadêmica, a maior parte do trabalho é desenvolvido por estudantes de pós graduação e pelos professores, nesta ordem. Os estudantes de pós graduação são mais numerosos, mas constituem a base da pirâmide social na academia brasileira. Isto significa que este ataque, embora seja mais voltado para a pesquisa científica no país, acerta em cheio também todo o ensino público superior. Ao todo, já são quase 12 mil bolsas de pós-graduação cortadas.
Por mais que possamos criticar a academia e a produção acadêmica no Brasil, tanto pela sua qualidade quanto pelo volume de publicações, é simples de perceber que estamos vendo mais uma vez o governo Bolsonaro seguindo a orientação do imperialismo. A destruição da pesquisa científica no Brasil é fundamental para garantir que o país permaneça refém de sua atual condição de atraso econômico, sem permitir que exista qualquer tipo de pesquisa científica no país, por mais rudimentar que ela seja.
Antes do impeachment fraudulento de Dilma, que marca o atual período de golpe em que vivemos no país, a comunidade acadêmica se dividiu, assim como diversos outros setores sociais. Em meio à esta polarização, a SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso Científico) adotou na época uma posição centrista, e acabou não se posicionando claramente contra o impeachment da presidenta. É preciso que as organizações que representam os pesquisadores no Brasil, não só a SBPC, mas também a ANPG (Associação Nacional de Pós- graduandos) e todas as outras reajam contra esta dura ofensiva de Bolsonaro e se juntem à luta pela derrubada de todo o governo, e não só o ministro da Educação ou o da Ciência e Tecnologia. Ou seja, é preciso que os pesquisadores entrem na luta pelo “Fora Bolsonaro”.