O ataque sem precedentes do governo golpista de Jair Bolsonaro, da extrema-direita, contra as populações indígenas pode ser verificado no corte de 90% no orçamento da Fundação Nacional do Índio, imposto por Bolsonaro. Nas Coordenações Locais da FUNAI, o número de funcionários é baixíssimo, há que se destacar que são nestes locais onde a perseguição dos latifundiários contra as comunidades indígenas é maior. Um exemplo é o caso de Carapó, região sul do Mato Grosso do Sul, nesta unidade apenas uma funcionária atende 10 mil índios.
Em 2017, um levantamento feito revelou que das 240 Coordenações Técnicas Locais, 101 contavam com menos de 2 funcionários, 22 não contavam com qualquer tipo de atendimento. Um concurso foi feito em 2017 para a contratação de novos servidores, mas as nomeações estão ocorrendo apenas nas capitas, nas cidades interioranas, onde a situação é mais grave, o desmantelamento é completo.
O ataque à FUNAI é um exemplo da política da direita e da extrema-direita de destruição de qualquer tipo de amparo para a população pobre e seus diferentes setores, como é o caso dos índios. É preciso lembrar que Bolsonaro pôs abaixo também o Ministério do Trabalho, colocou o INCRA sob o comando do Ministério da Agricultura, que é dirigido por uma ruralista, agora vai pondo abaixo a Fundação Nacional do Índio. Somado a isso está a intensificação dos ataques e das mortes provocadas por ruralistas e seus jagunços contra as lideranças indígenas.
Contra essa ofensiva da extrema-direita, é necessário impulsionar um amplo movimento popular contra o governo Bolsonaro. É necessário levantar a palavra de ordem de Fora Bolsonaro e todos os golpistas!