As manifestações que se sucederam no domingo passado (31/05), onde as Torcidas Organizadas e os setores mais combativos da esquerda saíram as ruas e dissiparam as marchas fascistas que estavam marcadas para ocorrer, mudaram o “clima” no País.
A partir desse acontecimento o clima de mobilização efervesceu em todo país e foram marcados novos atos por “Fora Bolsonaro” em diversos locais do país no próximo domingo (07/06), numa clara posição do movimento partir para uma ofensiva contra o governo fascista.
Com esse crescimento da tendência à mobilização, que segue o mesmo rumo em todo mundo, o governo Bolsonaro ameaçou todo movimento popular de repressão, como era de se esperar. Disse que soltará os cães de guarda da burguesia na população que for às ruas no dia 7, isto é, lançará a Força Nacional, parte do exército, e a já conhecida Polícia Militar contra os manifestantes. Fazendo, segundo ele, o “seu devido trabalho”.
Além dos seus chavões de sempre, como chamar a esquerda de “terroristas”, “marginais”, “maconheiros”, etc., típicos do fraudulento presidente, o chamado mostra que Bolsonaro ficou totalmente na defensiva com o tamanho dos atos contra o fascismo, onde a extrema-direita só não foi totalmente escorraçada das ruas porque o próprio aparato estatal, como de praxe, fez sua escolta.
O presidente ilegítimo percebeu que com o atual nível de organização dos seus bandos fascistas privados, seus capangas fascistas, sua verdadeira base social, em comparação com a esquerda combativa e as organizações operárias e populares, não haveria a mínima condição de defender seu próprio governo da oposição real que se demonstrou nas ruas no último domingo de Maio.
Desse modo, ele teve que deixar um pouco encubado nos chiqueiros pequeno-burgueses de suas próprias casas sua milícia privada, e fazer uso do bando fascista oficial do Estado: a polícia, a Força Nacional e todo aparato repressivo do Estado que está em seu alcance.
Deve-se deixar claro que essa atitude de ameaçar de antemão os atos é uma tentativa desesperada de fazê-los refluir, tamanha fraqueza do governo. A esquerda e as organizações do povo devem, pois, sair em massa às ruas e enfrentar o governo Bolsonaro. A rua é do povo, e a vontade do povo é de derrubar o governo do genocídio da população. E isto nenhuma polícia pode conter.