Tem que ser muito desavisado para acreditar no discurso “nacionalista” da direita.
Enquanto nossos juízes e a polícia federal trabalham sob a orientação das agências de segurança dos EUA, Jair Bolsonaro, do Partido Socialista Liberal (sic), de extrema direita, bate continência para a bandeira norte-americana, num gesto que não foi sem contrapartida.
Nesta segunda-feira, dia 10, uma porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, relatou que um membro de governo do presidente Donald Trump teria contatado a família do candidato à Presidência pelo PSL, após o atentado sofrido na quinta-feira (6) da semana passada em Juiz de Fora, Minas Gerais. Mas como justificar tal interesse americano pelo estado de saúde do controvertido candidato, apologeta da violência redentora ?
Apesar de se dizer, de forma demagógica, protetor da família e da pátria, sob os olhos de Deus, Bolsonaro, que tinha um apartamento só para “comer gente” e já se casou 3 vezes, não vê nenhum problema em se fazer concessões à exploração da Amazônia pelo capital externo. A “Amazônia não é nossa”, já disse publicamente, tendo proposto a abertura da região para exploração. “Aquilo é vital para o mundo”, disse, segundo o jornal “El país” de 18 de maio deste ano. E afirmou: “A Amazônia não é nossa e é com muita tristeza que eu digo isso, mas é uma realidade e temos como explorar em parcerias essa região”.
O “nacionalismo” de Bolsonaro, como se pode facilmente perceber, é pois, de fato, um legítimo herdeiro do “nacionalismo” igualmente fajuto da ditadura militar de 1964. Ou seja, só um efeito de retórica, que mal dissimula o entreguismo real. O candidato fascista, que há 3 anos ameaça a população pobre com seu lema de que “bandido bom é bandido morto”, e que convalesce hoje de uma facada, extraiu seu capital político com base na intimidação e na demagogia barata. No entanto, mostra-se passivo como um cordeirinho sob o olhar do Tio Sam, seu verdadeiro Senhor.
Bolsonaro, com toda sua arrogância e brutalidade aparente, não passa de um capacho dos Estados Unidos.