Acreditar que o governo ilegítimo de Jair Bolsonaro tem qualquer apreço pelo povo brasileiro, bem como, pelas riquezas naturais do país que governa, é fechar os olhos para todo o discurso proferido pelo presidente ao longo de sua vida pública, além de estar alheio a toda a política posta em prática pelo seu governo. A última grande jogada do governo dirigido pelo fascista tropical é a liberação de terras florestais, previamente concedidas para uso privado, seja ele relacionado ao extrativismo ou turismo.
Em fevereiro desse ano, Bolsonaro autorizou a concessão de parte de três florestas da região amazônica (Humaitá, Iquiri e Castanho) para uso da iniciativa privada. No mês subsequente, novo ataque: o governo federal, de forma autoritária e inconstitucional, transfere por meio de decreto, toda a atividade relacionada à concessão de terras para o MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária), retirando a atribuição do MMA (Ministério Meio Ambiente), deixando claro todo um conflito de interesses entre a preservação ambiental e o uso da floresta para fins econômicos diversos, muitos deles, insustentáveis.
Por fim, chegamos a meados de dezembro com a notícia que Tereza Cristina, ministra do MAPA, autorizou pela Portaria Nº 398, o uso de 2.100 km² da floresta de Humaitá para atividades econômicas por meio de edital de concessão que determina a permissão de uso da área por 40 anos. Os 2.100 km² deverão ser divididas em três áreas que serão ofertadas separadamente.
Na prática, o que se observa, também no que diz respeito a questão ambiental, é um total descompromisso com os principais alicerces da atividade estatal perante o tema, ou seja, além de promover políticas de sucateamento em diversas áreas, levar o caos econômico para o povo operário, adotar políticas de privatizações de setores fundamentais para a soberania nacional, Jair Bolsonaro e seus asseclas agora impulsionam uma atividade de entrega de vastas extensões de terras do território nacional para a iniciativa privada. Nesse sentido, o mantra não oficial de todo neoliberal se mostra verdadeiro: “privatizar os lucros às custas do que é do povo e socializar todo o prejuízo”.
Bolsonaro, como um péssimo gestor que evidentemente é, político cascudo e testa de ferro do imperialismo, não tem direito ao engano, portanto sempre se mostra sendo o que é: entreguista inveterado, inimigo do povo operário, defensor do agronegócio e dos latifundiários, além de hostil a tudo que é brasileiro.