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Nacional

Bolsonaro ataca quem passa fome: “vai comprar arroz na Venezuela”

Mais uma vez o golpe mostra a que veio, com Bolsonaro demonstrando que não dá a mínima para a fome da população no país

Enquanto a população sofre com o aumento do preço dos alimentos, Jair Bolsonaro desdenha e faz piada com a situação. Nesse domingo, durante um evento em que o presidente fascista participou, um homem o interpelou e clamou pela descida do preço do arroz, dizendo: “Bolsonaro, baixa o preço do arroz, por favor. Não aguento mais”.

A resposta de Bolsonaro, no entanto, não deve surpreender ninguém. O fascista disse: “tu quer que eu baixe na canetada? Você quer que eu tabele? Se você quer que eu tabele, eu tabelo. Mas você vai comprar lá na Venezuela”. Após o homem sair constrangido de perto de Bolsonaro, ele ainda completou: “Fala, e vai embora”.

Bolsonaro agiu como tem agido em todas as vezes que é questionado pela população. Mais ainda, agiu de acordo com o que prega desde que começou a ficar famoso, desdenhando da população e demonstrando que deseja massacrá-la.

Em meio à pior crise de todos os tempos vivida pela população brasileira, com uma pandemia em que os dados oficiais mostram números próximos à casa das 160 mil pessoas, com uma alta gigantesca no preço dos alimentos, um índice de desemprego que mostra que, na realidade há mais gente desempregada do que trabalhando no país e um salário cada vez mais baixo, Bolsonaro usa o flagelo da população para fazer piada e atacar a Venezuela a mando de seus patrões do imperialismo, em especial, do norte-americano.

O preço dos alimentos em outubro deste ano teve a maior subida desde o mesmo mês em 1995, ou seja, há 25 anos atrás, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), índice considerado uma prévia da inflação, com alta de 0,94%. Fora isso, os alimentos já haviam subido muito nos últimos meses e a população já sente muito a falta de alguns produtos básicos na mesa.

Não por acaso, os alimentos que mais subiram são justamente os mais tradicionais no prato do trabalhador brasileiro. O arroz destacado pelo homem que implorou a Bolsonaro uma descida no preço e talvez o alimento mais importante na dieta dos brasileiros, teve um aumento de 18,48% somente no mês de outubro, fora isso, subiram também os preços das carnes em geral (4,83%), do tomate (14,25%), da cebola (-9,95%), do leite longa vida (4,26%), da batata-inglesa (-4,39%) e do óleo de soja (22,34%).

As subidas dos preços no ano indicam que os trabalhadores do país estão perdendo uma parcela gigantesca de seu salário. Só para se ter uma ideia, o parceiro do arroz no prato dos trabalhadores, o feijão, teve subidas acima dos 30 e 50 por cento, sendo o feijão fradinho o que mais subiu com alta de 51,86%, enquanto o feijão preto, teve alta de 36,7%.

Além disso, o próprio arroz teve alta de 51,72% no ano, junto de limão (67,67%), morango (67,45%), óleo de soja (65,08%), tomate (52,93%), abobrinha 50,56%, cenoura (35,5%), leite longa vida (32,8%) e cebola (20,1%).

Esses números somados aos números divulgados pelo IBGE demonstrando que o país voltou ao mapa da fome em 2018, último ano de governo de Michel Temer, mostram que o golpe dado em 2016 pelo imperialismo no país é um ataque direto às condições de vida da população brasileira, principalmente no que diz respeito à mesa do trabalhador brasileiro. O imperialismo, ao contrário, se beneficia da fome dos brasileiros podendo sustentar seu regime.

A principal alta do preço dos alimentos neste ano se dá por conta da alta do dólar, que beneficia a exportação e permite que muitos produtos alimentícios sejam destinados aos países imperialistas, enquanto aqui eles se tornam escassos, o que gera o aumento da inflação. Enquanto isso, o salário mínimo do povo que deveria ser de R$ 5 mil, não passa de R$ 1.045,00, com nenhum reajuste real desde o golpe de estado.

O governo bem que poderia segurar o preço dos alimentos, como dito por Bolsonaro quando desdenhou da fome do homem que o interpelou, no entanto, seu programa passa longe de trazer qualquer benefício para a população. Ele prefere que a população passe fome do que desagradar o sistema financeiro internacional, usando recursos do estado para segurar o preço dos alimentos ou criar barreiras para sua saída para os países de fora.

Todo esse cenário junto do fato de que em janeiro o auxílio emergencial acaba e está previsto para o mês um aumento dos casos de coronavírus no país, faz com que o ano de 2021 pareça ser um ano de desgraça para a população brasileira, caso ela não se mobilize pela derrubada do governo fascista, exija novas eleições com a possibilidade de Lula ser candidato, lute por um salário mínimo vital de R$ 5 mil com carga horária de trabalho de 35 horas semanais e outros pontos.

Ao mesmo tempo, cabe aqui ressaltar as críticas de Bolsonaro à Venezuela. Além de criticar o país vizinho como parte de um programa para uma guerra entre Brasil e Venezuela, o que vai aumentar consideravelmente o número de mortos e de famintos no país, Bolsoanro acaba por criticar exatamente o programa de um país que vem combatendo de maneira exemplar o coronavírus e que emprega todos os esforços possíveis para impedir que a fome assole sua população, com distribuição de cestas básicas, o impedimento de demissões durante a pandemia e outros.

O programa venezuelano só não é mais eficiente por conta dos duros embargos econômicos contra o país por parte do imperialismo, os patrões de Bolsonaro.

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