Jair Bolsonaro, o fantoche do imperialismo que ocupa a Presidência da República, esclareceu uma posição já sabida por todos: o plano é entregar a Amazônia. A confirmação veio em uma entrevista branda tomada pelo jornalista Augusto Nunes da Jovem Pan. Mesmo sem entrar em polêmicas, a entrevista foi desconexa e custosa, reforçando a ideia de que o capitão sofre de grave moléstia intelectual. Sobre a demarcação de terras indígenas, dentre os muitos ataques aos direitos do povo, afirmou que “a demarcação que eu puder rever, eu vou rever”.
O argumento é revestido de uma viscosa camada de cinismo, já que o presidente afirma que o fim das demarcações visa o bem dos indígenas. Diz, ainda, que os direitos dos indígenas são um empecilho ao desenvolvimento do Norte do país.
Não bastasse a defesa do genocídio, Bolsonaro já deixou claro que nem ao menos fará isso em prol dos abutres brasileiros. “Quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos”. Todos sabem os termos gerais das parcerias que os Estados Unidos fazem com seus capachos. A ideia é explorar ao máximo as reservas minerais e os demais recursos da região amazônica. As bacias hidrográficas, as possíveis reservas de petróleo, as propriedades farmacêuticas da imensurável flora brasileira estarão a serviço dos ianques.
O método Bolsonaro de governar é padronizado e, portanto, bastante previsível. A destruição será completa e não sobrará nada. A base de Alcântara, todas as empresas públicas nacionais e as riquezas naturais que poderiam garantir ao Brasil uma posição de destaque no panorama geopolítico servirão apenas para alimentar a sobrevida do condenado capitalismo. Por isso, é necessário a derrubada do governo antes que não exista mais país sob nossos pés.