Da redação – O golpista de extrema-direita Jair Messias Bolsonaro afirmou ontem (23), na TV Cidade Verde, afiliada do SBT no Piauí, que irá acabar com o “coitadismo” de nordestinos, gays, mulheres e negros. “Isso não pode continuar existindo. Tudo é coitadismo. Coitado do negro, coitado da mulher, coitado do gay, coitado do nordestino, coitado do piauiense. Vamos acabar com isso”.
O tal “coitadismo” afirmado pro Bolsonaro é a política que denúncia o tratamento marginalizado, preconceituoso e de exploração que sofrem a população negra, as mulheres, os nordestinos e os gays, na sociedade capitalista, fundamentada na exploração ferrenha de toda a população, especialmente depois do golpe de Estado.
Ou seja, para Bolsonaro, o negro, que é agredido e exterminado pelas forças de repressão, deve continuar sendo reprimido; a mulher, que sofre com jornada dupla e dura exploração econômica nos meios de trabalho, deve continuar na mesma condição; os nordestinos, que sofrem com o atraso econômica do desenvolvimento desigual e concentrado do capitalismo; e os gays que sofrem com as agressões da direita conservadora e reacionária, devem continuar apanhando e sendo marginalizados nas vielas das cidades.
O movimento popular não pode permitir que a extrema-direita, representada por Bolsonaro e seus seguidores, levante a cabeça para colocar em prática o que Bolsonaro falou, “vamos acabar com isso”. É preciso enfrentar a extrema-direita de maneira contundente, porque ela só entende uma linguagem: a linguagem da força, do enfrentamento. A classe operária e demais setores oprimidos da sociedade devem se organizar em comitês de autodefesa para combater a extrema-direita.