Na última quinta-feira (25), na cidade de Camboriú-SC, a extrema-direita bolsonarista invadiu a assembleia do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica que estava acontecendo no Instituto Federal de Camboriú (IFC).
A maioria dos presentes na assembleia eram professores dos institutos federais do Estado. Ao longo da assembleia, a bolsonarista infiltrada, Dileta Corrêa Silva, candidata a deputada federal não eleita pelo PSL, fez-se passar por professora do IFC de Araquari e filmou às escondidas a atividade da sessão, publicando nas redes sociais o material.
As publicações destinavam-se à desmoralizar a organização de trabalhadores, dizendo que a “comunada” estava se reunindo como “organização criminosa”, o que manifesta o caráter geral da extrema-direita em atacar e criminalizar as organizações de luta dos trabalhadores, seus sindicatos, suas assembleias e seus partidos.
Questionada pelos professores do porquê a bolsonarista estava gravando o vídeo, o bolsonarista, Emílio Dalçoquio, de Itajaí, que estava acompanhando a ex-candidata do PSL, ficou inconformado com a inquirição, levantou-se de onde estava sentado e começou a gritar contra os professores da assembleia. O bolsonarista esbravejava frases como “viva Pinochet”, “Pinochet matou quem tinha que matar”, “História é para homem e profissional, não para amador”, “se Pinochet tivesse feito o que ele fez aqui no Brasil, não haveria isso aí”, fazendo referência ao ditador assassino chileno Augusto Pinochet. Nesse tumulto, também, a bolsonarista Dileta Corrêa Silva fez defesa ao programa fascista “Escola sem Partido”.
A PM foi chamada e os bolsonaristas em respeito e em adoração à instituição militar truculenta, deixaram o local.
A extrema-direita e os tribunais eleitorais fascistas já estão invadindo sindicatos e universidades públicas a fim de destruir as organizações autônomas dos trabalhadores e da juventude. Não é o momento de pregar a não violência contra os violentos, a esquerda está sendo atacada. É necessário fazer frente a esse ataque formando comitês de luta contra o golpe para derrotar os golpistas aliados dos fascistas e comitês de autodefesa para defender das agressões da extrema-direita e da ditadura estatal.