Da redação – Com a vitória do candidato da extrema-direita, Jair Bolsonaro (PSL), em eleições completamente fraudadas pelos golpistas, as promessas de agressões à esquerda em sua campanha, bem como de perseguição aos trabalhadores e, principalmente, a caça aberta aos companheiros do MST que lutam por terra e dignidade, são levadas à cabo. Neste sentido, é preciso denunciar amplamente que o acampamento Sebastião Bilhar, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), localizado às margens da BR-262, próximo a Dois Irmãos do Buriti, no Mato Grosso do Sul, foi alvo de incêndio criminoso ainda na noite deste sábado (27).
O site do MST denunciou que o crime ocorreu entre 20h e 21h e de acordo com testemunhas, antes do ato em si, o grupo estava em uma caminhonete e gritaram “Bolsonaro”. Segundos depois, um dos barracos começou a pegar fogo. Os companheiros da luta no campo, conseguiram conter as chamas e ninguém se feriu, porém, os danos materiais foram diversos.
A companheira Marina Ricardo Nunes, da direção nacional do MST, afirma que os sem-terra, e o movimento como um todo, definem o episódio como um crime eleitoral
“O estado do Mato Grosso do Sul é conservador, reacionário, um estado do agronegócio, onde os fazendeiros, o latifúndio, protagonizam uma ofensiva muito grande. Caso esse governo ganhe, isso foi só uma amostra. Se esse homem ganhar, a ofensiva vai ser muito pior”, disse Marina.
A dirigente afirmou ainda, que após o ataque, as famílias passaram o resto da noite em vigília, com medo de outro ataque.
“A perspectiva não é boa. Sabemos que o MST é alvo de prioridade desse governo. Nós, enquanto movimento, vamos pra rua sempre para denunciar todo tipo de atrocidade, de retirada de direitos. Nós resistiremos. Iremos sempre combater tudo isso, essas atrocidades. Não iremos nos calar. Não iremos nos intimidar”, reforçou.
Toda solidariedade aos companheiros do MST.
É urgente a criação de comitês de luta contra o golpe no campo e nas cidades. Organizar nas fábricas, escolas, bairros periféricos, operários, em todos os acampamentos do MST, para que os trabalhadores respondam à altura e a extrema-direita não avance na destruição das organizações. É preciso derrotar o golpe pela força das ruas.