Da redação – A Bolsa brasileira teve uma queda impressionante de mais de 20% nesta segunda-feira (9), levando a suspensão das negociações durante 30 minutos por volta das 10h30. Após despencar de um barranco imenso, a interrupção, feita pelo mecanismo automático chamado de “circuit breaker” (acionado quando há uma queda de mais de 10%), voltou a operar em forte queda e chegou a cair mais de 10% novamente.
Algo tão impressionante assim não acontecia desde maio de 2017, quando Michel Temer foi acusado pelo empresário Joesley Batista de integrar um esquema de corrupção.
Para uma nova interrupção é preciso uma queda de mais de 15%, e, por volta das 16h20, o Ibovespa, principal índice da Bolsa, caiu 12,19%, a 86.053,80 pontos.
As ações da Petrobras lideravam as perdas, com um tombo gigantesco de mais de 30%. O dólar comercial avançou 2,36%, a R$ 4,744 na venda.
As bolsas da Europa também registraram quedas expressivas nesta segunda, diante da “guerra de preços” no mercado petróleo entre China e Arábia Saudita. O índice pan-europeu Stoxx 600 entrou em bear market e fechou em queda de 7,44%, em 339,50 pontos. O índice chegou a bater mínima de 336.54 pontos.
As ações da XP também operam em queda acentuada, acompanhando o forte estresse nos mercados globais, em função da disseminação do coronavírus e da “guerra do petróleo” entre Arábia Saudita e Rússia.
Além da guerra comercial entre os países grandes produtores de petróleo, há o avanço das mortes por coronavírus, em meio à dificuldade dos países europeus em conter a propagação da doença.
Sabemos que neste fim de semana, a Arábia Saudita decidiu aumentar a produção de petróleo e dar descontos aos compradores, em retaliação à Rússia que se negou a fazer um acordo com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) para ampliar os cortes de produção e suportar os preços, em meio aos impactos do coronavírus.