A política da esquerda parlamentar continua sendo limitada a quatro paredes da câmara dos deputados e do senado. Isso porque enquanto o golpe de Estado avança para níveis alarmantes ao fascismo, como foi denunciado neste diário a respeito da formação do conselho nacional de espionagem do Bolsonaro, previsão para cortes às alturas na educação de 4 bilhões devido a política criminosa e golpista do congelamento de “gastos”, a esquerda mais uma vez se propõe administrar o estado falido, com a criação do projeto de lei nº 3836/2020, ao qual promove bolsa emergencial aos estudantes das universidades privadas, devido a crise econômica intensificada por conta do coronavírus.
Trata-se de uma política de colaboração aos grandes empresários da educação, como a Kroton, Estácio e Anhanguera. Literalmente é tirar dinheiro da população para custear a universidade privada. O discurso dos criadores da PL, Alencar Santana (PT-SP) e Zeca Dirceu (PT-PR), caracterizam a importância de manter os estudantes que perderam seus emprego diante da crise atual, mas consciente ou inconsciente, estará ajudando a manter esses tubarões da educação que nada ou quase nada promovem pesquisas para a população.
É importante ressaltar isso, a maioria dessas universidades privadas não possuem o compromisso de pesquisa, algo fundamental ainda mais nos dias de hoje devido a pandemia. Vale ressaltar que até mesmo diante do golpe de estado, têm-se noticias de invenções oriundas de pesquisas aos quais na esmagadora absoluta são de universidades públicas. As universidades pagas não possuem esse compromisso porque o interesse dos grandes capitalistas do ensino é única exclusivamente lucrar com a educação, quando na verdade ela deveria ser realmente pública, ou seja, acesso a toda a população.
Diante deste cenário da pandemia, é importante denunciar que esses parasitas continuam a cobrar mensalidades, algo totalmente parasitário, sem nenhuma consideração com os estudantes, aos quais a maioria é jovem e como se sabe, tem condições de emprego muito precário, antes mesmo da crise da pandemia, em 2019 o desemprego dos jovens era mais do que o dobro da média geral, segundo o IBGE. Se a situação que já era caótica do ano passado era assim, o que dirá deste ano? E por qual motivo continuar ter uma política que beneficie os grandes sanguessugas das universidades privadas?
Por conta disso, é necessário uma luta que seja eficiente contra esses vampiros. Não é dentro das Câmaras dos Deputados e do Senado que surtirá efeito para resolver esse problema da cobrança das mensalidades. É preciso impulsionar uma fortíssima mobilização popular, sistemática, através nas ruas. A Aliança da Juventude Revolucionária, a juventude do PCO, possui algumas propostas que servem exclusivamente ao estudante universitário e que não alimenta, sobre nenhuma medida, o lucro da burguesia educacional, algumas delas são o fim das mensalidades das universidades privadas, estatizando todas elas, suspensão das aulas até quando tiver vacina, contra os cortes das pesquisas, ampliando-as, principalmente as que são relacionadas a pandemia, dentre outras medidas.
Portanto, é de suma importância que esses vampiros não somente se virem com toda essa situação como também atendam a essas reivindicações, já que de lucro eles estão cheios. Por isso, é importante formar comitês estudantis de luta em cada universidade, com direcionamento bem claro a essas e outras reivindicações, principalmente com a finalidade política clara, que é a importância da luta do Fora Bolsonaro e todos os golpistas.