A Bolsa brasileira segue agonizando em 2020. A mesma apresentou o pior índice global em dólares durante o ano, se afirmando como a que mais caiu no mundo com 45,2% de perdas chegando aos níveis de 2017.
Apesar da imprensa capitalista burguesa propagar a tese de que a maior parte destas perdes devem-se à pandemia do Covid-19, é preciso lembrar que a desindustrialização do país já vinha ocorrendo em escala alarmante desde o Golpe de Estado de 2016.
O resultado da política de total subserviência do governo golpista de Bolsonaro ao capital estrangeiro foi justamente a saída em massa dos investidores de fora do país nos negócios locais.
De acordo com um levantamento dos banqueiros do Goldman Sachs, o índice Ibovespa é o que registra a maior perda em dólares no mundo.
No ano o índice já registra uma queda de 18,7% que somado à desvalorização da moeda brasileira, o real, levaram a Bolsa de SP a cair 42,5% perante moeda norte-americana.
O Ibovespa teve ainda o pior trimestre da história nos primeiros meses de 2020.
A Bolsa da Colômbia, país aparelhado pelo imperialismo estadunidense, vem logo em seguida à brasileira, sendo a segunda que mais se desvalorizou, registrando perdas de 40,5% perante a moeda norte-americana.
Na sequencia a bolsa da Indonésia já registra 31,8% em perdas perante o dólar. Seguem o país asiático Chile, Turquia, México e Rússia.
O próprio mercado financeiro já atribui a queda da Bolsa aos sucessivos erros do governo golpista de Jair Bolsonaro na área econômica e às intermináveis desavenças internas protagonizadas entre a equipe atabalhoada de ministros.
Recentemente o ministro dos banqueiros Paulo Guedes (Economia) causou mais um frisson entre seus pares, o alvo foi o ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) envolvendo o programa natimorto “Renda Cidadã”. A confusão entre as equipes ministeriais derrubou a Bolsa em 1,5%.
Além disso, a gestão ambiental do Brasil com as sucessivas medidas de revogação da legislação de proteção aos recursos naturais do país está levando a uma crise ambiental sem precedentes onde a imagem destrutiva do governo no estrangeiro já afasta investidores europeus preocupados com a agenda brasileira para o setor; principalmente após a conclusão textual do acordo comercial entre o MERCOSUL e a União Europeia, que segue indefinido diante das bravatas golpistas.