‘A OEA não está a serviço dos povos latino-americanos e muito menos dos movimentos sociais, está o serviço do império norte-americano’, disse Morales em sua primeira coletiva de imprensa ao chegar ao México.
Assim, o líder indígena detalhou em uma entrevista ao jornal La Jornada que a embaixada dos Estados Unidos urdiu o golpe e provocou o derramamento de sangue.
Tudo começou com as discussões para modificar a constituição para uma nova reeleição com o que ele não estava de acordo, depois do qual começou uma guerra suja com base na mentira, a encabeçou a embaixada dos Estados Unidos, assegurou.
Nesse encadeamento de fatos, diversas fontes asseguram que o general Williams Kaliman, quem pressionou a Evo Morales a renunciar à presidência em 10 de novembro, foi remunerado por Estados Unidos com um milhão de dólares.
Kaliman recebeu esse montante das mãos de Bruce Williamson, encarregado de negócios da embaixada estadunidense, enquanto outros generais receberam a mesma quantidade e vários chefes de polícia foram pagos com 500 mil cada um.
Depois da autoproclamação de Jeanine Añez como presidenta interina, Kaliman foi imediatamente substituído e em seguida fugiu aos Estados Unidos para se resguardar ante uma possível investigação imediata.
Kaliman assumiu o cargo de chefe das Forças Armadas da Bolívia em 24 de dezembro de 2018, previamente tinha estado no comando do Exército.